‘Grupos setoriais vão discutir novos rumos para a economia’, afirma José Melo

José Melo reunido com empresários/Foto: Nathalie Brasil
José Melo reunido com empresários/Foto: Nathalie Brasil
José Melo reunido com empresários/Foto: Nathalie Brasil
José Melo reúne empresários para formação de grupos setoriais/Foto: Nathalie Brasil
José Melo reúne empresários para formação de grupos setoriais/Foto: Nathalie Brasil

Reunido na manhã de hoje, quarta-feira (08), com representantes de entidades de classe da indústria, comércio e setor primário, além de empresários, o governo José Melo, disse que a iniciativa faz parte da estratégia do Governo em envolver os setores produtivos do Amazonas, no enfrentamento à atual crise econômica, e na busca de uma nova política de diversificação da matriz econômica do Estado.
A ideia do Governo do Amazonas é criar grupos setoriais para discutirem com o setor público os novos caminhos da economia do Amazonas. A reunião começou com um balanço sobre o cenário macroeconômico brasileiro e as dificuldades do Estado em função da crise. Em seguida, o governador falou sobre as medidas implementados na Reforma Administrativa e os ajustes para manter o equilíbrio fiscal e, por fim, ouviu as sugestões dos empresários.


“Vamos, agora, juntar as atividades econômicas para criar grupos comuns para tentarmos vislumbrar horizontes de saída e manter o Estado no formato que está e a economia também. Espero que encontremos, juntos, soluções para esse momento difícil. Mais ainda o nosso Estado, porque, no momento de crise, todas as pesquisas já indicam que o consumidor está variando o seu caminho para outros tipos de bens, que não os produzidos aqui, priorizando as coisas mais básicas como alimentos”, ressaltou o governador ao destacar os ajustes realizados no âmbito estadual. “Fizemos uma reforma, cortamos na carne, reduzindo quadros e secretarias, fazendo o dever de casa com relação à parte fiscal, a tarefa de arrecadar mais sem aumentar os impostos, sem ter que irmos aos salários”, completou.

O governador pretende reunir ainda com outros segmentos da sociedade, a exemplo da comunidade científica, economistas, entre outros.  Posteriormente, por meio da Secretaria de Estado de Planejamento, Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia (Seplanct), os representantes serão convocados para câmeras setoriais que envolverão propostas para não apenas superar as dificuldades momentâneas, mas também criar uma política de diversificação da matriz econômica  que não dependam exclusivamente dos incentivos fiscais da Zona Franca de Manaus.

“Não vamos envolver somente empresários. Vamos envolver também a comunidade científica, a Suframa, a sociedade como um todo, para trabalhar junto conosco na questão da diversificação da matriz econômica e assim pensar o Amazonas para os próximos 20 ou 30 anos”, revelou o secretário estadual de Fazenda, Afonso Lobo.

De acordo com Lobo, o Governo do Estado vê com preocupação o atual momento econômico que já reflete na queda da arrecadação no primeiro trimestre, em R$ 237 milhões, e que pode chegar a R$ 1 bilhão até o fim do ano. “Todos os indicadores macroeconômicos brasileiros, nesse instante, são desfavoráveis e por conta disso os efeitos sobre a economia do Estado do Amazonas também são extremamente prejudiciais. Por conta disso, entendemos que dentro desse quadro  temos apenas duas alternativas, que é melhorar a eficiência da arrecadação sem aumentar a carga tributaria e racionalizar gastos. É nesse sentido que a Reforma Administrativa foi concebida e está sendo implementada”.

Além de Afonso Lobo, estavam na reunião, o secretário estadual de Planejamento, Thomaz Nogueira, os presidentes da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Antônio Silva, do Centro das Indústrias do Estado do Amazonas (Cieam), Wilson Périclo, da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Manaus (CDL),  Ralph Assayag, da Federação do Comércio do Amazonas (Fecomercio), José Azevedo, da Federação da Agricultura e Pecuária do Amazonas, Muni Lourenço, e os empresários Dênis Minev e Jaime Benchimol.

O presidente da Cieam, Wilson Périclo, destacou a transparência do Governo do Estado em discutir as decisões que vêm sendo tomadas diante da atual situação. “Quero ressaltar a coragem e a iniciativa do governador em convocar os representantes da classe produtiva para apresentar o cenário atual na questão da sustentabilidade do Estado e abrir discussão sobre quais seriam as melhores ações para enfrentarmos o momento em que o país passa e que o nosso Estado está inserido”, disse ao destacar os riscos sociais da crise, principalmente o desemprego e desaceleração da economia.

O empresário Denis Minev, também, elogiou a iniciativa do governador. “É inegável que o Brasil passa por um momento complicado e é necessário tomar medidas duras que vão impactar muita gente, infelizmente. As nossas saídas não são simples, mas são possíveis. Precisamos aproveitar a crise para buscar uma economia que não seja tão dependente da indústria”. Minev defendeu as medidas adotadas pelo governo e o modelo de desenvolvimento proposto. “Temos que crescer em outras frentes, como piscicultura, manejo florestais, mais investimentos em ciência e tecnologia. Investir em uma economia que não seja tão dependente de incentivos e que esteja mais ligada à Amazônia. Além disso, também é necessário algum encolhimento ao Governo do Estado, que está ciente e já trabalhando nisso. Um trabalho doloroso de custo político muito elevado, mas necessário’.

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