

Aquela F1 que se viu na Austrália e na Malásia, esqueçam por um momento. O domingo (6 ) no Bahrein estava em estado de graça e recebeu uma das melhores corridas dos últimos tempos, inefável em seus predicados. As brigas se sucederam de cabo (Mercedes) a rabo (o resto). Entre a dupla que destoava no resto, deu Lewis Hamilton numa disputa magnífica; o outro lugar no pódio, no vaivém das táticas, premiou o mexicano Sergio Pérez.
O que importa: teve disputa intensa entre os líderes Hamilton e Rosberg, entre Felipe Massa e Valtteri Bottas — sem que a equipe desse um piu pelo rádio, entre Nico Hülkenberg e Pérez, entre as Williams e as Force India, e, mais atrás, as Red Bull com as Ferrari – que se arrastavam na pista e deixavam Luca di Montezemolo nos boxes com a feição da derrota.
O que importa, parte 2: a F1 testou a segurança de seus carros quando Pastor Maldonado deu em Gutiérrez no cotovelo da curva 1 e fez o mexicano da Sauber capotar lindamente. E se a categoria agora distruibui pontos na carteira, que a CET dos comissários coloque uns 10 pontos de multa para o venezuelano, que voltou aos seus velhos tempos de Pica-Pau de polainas louco.
Daniel Ricciardo talvez merecesse um lugar no pódio. O que o moleque fez hoje não tá em gibi nenhum na Austrália. Foi para cima de todo o bolo partindo em 13º, passou Sebastian Vettel com autoridade, depois Hülkenberg e ficou em quarto. O alemão, por sua vez, foi grande ao se segurar em sexto no fim da prova do ataque de Massa – que tinha de se preocupar com Bottas. Fernando Alonso e Kimi Räikkönen vieram atrás.
Na verdade, fosse a F1 mais informal, chamaria todo mundo para ir ao pódio. Todos merecem aplausos.