IComp – Instituto de Computação da UFAM – por Osíris Silva

Escritor e economista Osíris Silva/Foto: Divulgação

O Instituto de Computação (IComp), antigo Departamento de Ciência da Computação (DCC), vinculado à Universidade Federal do Amazonas (UFAM) distingue-se por um detalhe de alta relevância: seu corpo docente, formado por 35 professores, dos quais 34 (97%) são doutores. Todos da área de computação, atuantes em setores vitais de qualquer universidade: ensino, pesquisa e extensão, além de atividades administrativas.


No departamento de graduação são mantidos cursos de Ciência da Computação e Engenharia de Software. Na pós-graduação, atua nos cursos de Mestrado e Doutorado em Informática do Programa de Pós-Graduação em Informática (PPGI). Também atende demandas de outras áreas da Universidade, por exemplo, destacando professores para atuar no Curso de Mestrado em Engenharia Elétrica, contribuindo expressivamente para elevar o grau de excelência de outros programas de pós-graduação da UFAM.

De acordo com a professora e diretora do IComp, Tanara Lauschner, na pesquisa o Instituto distingue-se em nove áreas da computação, distribuídas em seis grupos, cada um com seu laboratório exclusivo: Banco de dados e Recuperação de Informação, Redes de Computadores e Sistemas Distribuídos, Inteligência Artificial, Algoritmos, Otimização e Complexidade Computacional, Visão Computacional e Robótica e Sistemas Embarcados e Engenharia de Software. Todas essas áreas são essenciais para o desenvolvimento de uma Indústria 4.0, estágio que Polo Industrial de Manaus (PIM) terá que necessariamente se ajustar tendo em vista a forte competição internacional que avança a cada ano, a cada mês, a cada dia.

Escritor e economista Osíris Silva/Foto: Divulgação

Na extensão o IComp opera em projetos voltados à preparação de alunos do Ensino Médio em programação computacional. Contribui fortemente, por outro lado, para o aumento do número de mulheres em no setor de TI (Tecnologia da Informação), por meio do movimento Cunhantã Digital. Coordena o Ponto de Presença da Internet no Amazonas (PoP/AM) da Rede Nacional de Pesquisa (RNP), dedicando-se também na elaboração de projetos de P&D em parceria com empresas, além de manter uma incubadora de startups.

A propósito, o Instituto desenvolveu vasta experiência na área de empreendedorismo de base tecnológica, destacando-se que a startup Neemu, do setor de e-commerce, fundada ao abrigo do ICOMP, foi comprada, em 2015, por R$ 55,5 milhões pela Linx, empresa brasileira sediada em S. Paulo, líder em tecnologia para o mercado de software de gestão no setor varejista.

A diretora do IComp salienta que, “ao longo dos anos, o que manteve e fez com que o IComp chegasse ao nível de excelência em que nos encontramos foi a captação de recursos de agências governamentais: CAPES, CNPq, SUFRAMA (recurso próprio), FINEP e FAPEAM”. A mudança da Lei de informática, que obriga o aporte de 0,4% de seu recursos em ICTs públicos, por outro lado, “fez com que sejamos agora mais procurados para fazer projetos com empresas no âmbito desta lei.

Embora tivéssemos muita qualificação e credenciamento junto ao CAPDA, nosso padrão não se alinhava aos interesses das empresas em investir em P&D no ICOMP”. Observe-se, entretanto, que a burocracia associada a uma universidade federal para receber recursos é muito grande, o que também compromete, conclui.

Superada a fase de desconfiança, afirma Lauschner, “hoje o IComp desenvolve projeto com a Samsung da ordem de R$ 2, 5 milhões em apoio ao nosso mestrado, e um na área de pesquisa em vias de ser assinado de aproximadamente R$ 1.200.000,00. Há conversas sobre um novo projeto a ser implantado a partir de 2020 que deverá se estender por cinco anos”. Nossas start-ups também recebem recursos de investidores sem que, entretanto, o ICOMP os intermediem.

Os contratos são negociados diretamente no CNPJ da empresa incubada. Há importantes fundos nacionais e internacionais investindo nas empresas incubadas no IComp. IComp, Ocean-Sansung, Sidia, UEA, deverão certamente, constituir a base tecnológica do PIM 4.0.

Manaus, 26 de agosto de 2019.

Artigo anteriorPolícia apreende 46 tabletes de maconha no Porto da Manaus Moderna
Próximo artigoSuspeita de bomba causa evacuação de trabalhadores do Tribunal Regional do Trabalho

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui