
O senador Eduardo Braga (PMDB), amanheceu o dia pedindo apoio para deputados, que acredita ser seus aliados, mas pelo que tudo indica, não teve muito resultado. Nem mesmo o seu aliado municipal o prefeito Arthur Neto (PSDB) e o seu vice-prefeito Marcos Rotta (PMDB), estariam disposto apoiá-lo.
Após reuniões que ocorreram logo após o anúncio da cassação do governador José Melo (Pros), Eduardo Braga teve que enfrentar a primeira oposição ao seu nome como candidato nas eleições de agosto, dentro do seu próprio grupo político.
Braga quis bater o martelo, mas o prefeito Arthur Neto (PSDB), quer o seu vice Marcos Rotta concorrendo a “eleição-tampão” para o governo do Estado. Detalhe: Rotta pertence ao PMDB, mesmo partido de Braga e pelo visto, deve romper com o cacique do partido, já nos próximos dias. Braga não aceitou nem mesmo que Rotta seja seu vice, vaga que deverá ser ocupada por Arthur Bisneto (PSDB). O que significa um “racha” na composição PSDB/PMDB formada para concorrer a prefeitura de Manaus em 2016.

Índice de rejeição
Ainda tem outro agravante: pesa sobre os ombros do senador amazonense, o alto índice de rejeição registrado em pesquisas recentes e a citação nas delações premiadas da Operação Lava Jato, além de fortes acusações de recebimento de 10% de propina em todos os contratos de empreiteiras durante o seus governo de oito anos e, mais alguns milhões desviados do orçamento para construção do Prosamim.
Fontes afirmam que Eduardo Braga teme subir no palanque e enfrentar a “fúria” da população que não suporta mais ver políticos envolvidos em escândalos de corrupção, concorrendo eleições, mesmo caçados pelo Ministério Público, Polícia Federal e instancias do judiciário. Ainda assim, Braga luta para não dar espaço para Marcos Rotta, com medo que em um futuro próximo, ofusque ou mesmo o traia em acordos políticos-partidários.
Já ex-governador Amazonino Mendes (PDT), segundos as fontes, promete enfrentar Braga e, já está se movimentando, mais do que nunca, no sentido de consolidar a sua candidatura a governador na eleição que deve ocorrer em agosto. Inclusive, já escolheu até o vice da chapa, que será o ex-deputado Marcelo Ramos (PR).
O mandato tampão, no entanto, serve apenas de catapulta para as eleições de 2018, quando se almeja um mandato de quatro anos e não de apenas 1 anos, como se prenuncia esse.