Indígenas recebem incentivo para produção e venda de artesanato, em Manaus

Comunidade Wotchimaucu produz o artesanato/Foto: Nathalie Brasil
Comunidade Wotchimaucu produz o artesanato/Foto: Nathalie Brasil
                 Comunidade Wotchimaucu produz o artesanato/Foto: Nathalie Brasil

Uma nova geração de Kokamas, Kambebas, Ticunas, Saterês e Apurinãs desperta para o mundo do empreendedorismo graças ao incentivo à produção e venda de artesanato por intermédio  Fundação Estadual do Índio (FEI), em Manaus.
Criada em janeiro deste ano, a Fundação tem articulado com uma série de dispositivos públicos do Estado e do Município, maneiras de facilitar e otimizar a produção e venda de peças artesanais confeccionadas pela população das mais de 30 comunidades indígenas da capital amazonense.


“Nós queremos aumentar a produtividade e principalmente as vendas. Conseguir lugar para que estas comunidades consigam expor seus produtos e aumentar seus lucros é essencial para que o empreendedorismo seja desenvolvido com os indígenas”, explicou o diretor-presidente da FEI, Raimundo Atroari.

Ainda de acordo com o Raimundo, a capacitação dos artesãos também será essencial para esse processo econômico. “Entre outras coisas, estamos negociando com a Secretaria de Estado do Trabalho (Setrab) para a realização de cursos para as pessoas que já trabalham com o artesanato e as que querem se inserir nesse mercado”, completou.

Comunidade – Com mais de 120 pessoas, que têm a venda de artesanato como principal renda, aAssociação Comunidade Wotchimaücü, formada por indígenas da etnia Ticuna, é uma das primeiras beneficiadas pela iniciativa da FEI. A Associação Comunidade Wotchimaücü desenvolve o artesanato desde 2002 e comercializa os seus produtos com preços que variam de R$ 5 a R$ 30.

“O artesanato surgiu para nós como uma fonte de renda dentro das áreas urbanas, uma vez que atividades como pesca, agricultura e caça são inviáveis dentro de uma capital como Manaus”, revela o cacique Agnilsson Peres.

De acordo com ele, o empreendedorismo entre os povos indígenas ainda é muito recente e deve ser fomentado. “Temos materiais belíssimos e de grande potencial comercial. O que nos falta é espaço de venda e capacitação”, completou.

...e as peças prontas para a comercialização/Foto: Nathálie Brasil
…e as peças prontas para a comercialização/Foto: Nathálie Brasil

A FEI – A Fundação  Estadual do Índio foi criada em janeiro de 2016, com finalidade institucional de implementar a política de etnodesenvolvimento do  Estado em parceria com outras instituições dos governos  federal, estadual e municipal, com comunidades, organizações  indígenas e entidades não governamentais, com atividades voltadas ao desenvolvimento sustentável e à preservação de valores culturais e históricos pelo povos indígenas.

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