Índio ferido em ataque no Maranhão não teve as mãos decepadas, diz hospital

Diretor técnico do centro de saúde afirma que o paciente teve "lesões profundas" nas mãos/Foto: Divulgação

O diretor técnico do hospital onde o índio da etnia Gamela foi internado no último domingo (30) nega que o paciente tenha tido as mãos decepadas, conforme divulgado Pastoral da Terra e a Comissão de Direitos da OAB-MA. O ataque aconteceu na cidade de Viana, a 220 km de São Luís.“Ele teve lesões profundas por arma branca nos antebraços, mas não decepou as mãos dele como havia sido divulgado”, informou Newton Gripp, diretor técnico do hospital, segundo o G1.


A Secretaria de Estado de Saúde chegou a confirmar o fato, mas na noite de segunda-feira (1º), em nova nota, informou que “o índio Aldelir de Jesus Ribeiro, gamela de 37 anos, sofreu ferimentos com arma branca nos antebraços, apresentando fratura externa e também ferimentos por arma de fogo no tórax direito com fratura de costela”. Na foto, aparece outra vítima do ataque, José Ribamar.

De acordo com a Pastoral da Terra, ao menos dez índios ficaram feridos em conflito com ruralistas, sendo que mais dois continuam internados em São Luís.

Diretor técnico do centro de saúde afirma que o paciente teve “lesões profundas” nas mãos/Foto: Divulgação

A Secretaria de Segurança Pública do Maranhão divulgou números diferentes e afirma que seriam sete feridos, sendo cinco índios.

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB) comentou o assinto redes sociais também nesta terça-feira e disse estar procurando por dois indígenas que teriam tido as mãos decepadas. “Até agora não houve nenhuma vítima com mãos decepadas. Continuamos procurando e cuidando dos 3 hospitalizados. Seguimos a procura pelas duas pessoas que teriam tido as mãos decepadas. Nossa prioridade desde a manhã é localiza-los”, escreveu no Twitter.

A Fundação Nacional do Índio (Funai) informou ter mobilizado uma equipe para acompanhar as investigações. Em nota, o Ministério da Justiça e Segurança Pública disse que enviou a Polícia Federal à região para evitar novos conflitos e que ofereceu auxílio para apurar o caso.

Fonte: Notícias ao Minuto

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