
Com o início do verão amazônico começa, também, a temporada de queimadas na região. Dessa maneira, a taxa de desmatamento na área passa a aumentar.
No ano passado, o Brasil prometeu eliminar o desmatamento ilegal até 2030, mas o número de focos de incêndio na floresta amazônica do país atingiu em junho o nível mais alto em 15 anos.
A situação pode piorar este mês, já que os incêndios no Brasil tradicionalmente atingem o pico em agosto e setembro. Estes meses são os mais secos na Amazônia e favorecem a ocorrência de incêndios.

O forte calor dificulta manter um incêndio sobre controle. Ao contrário dos incêndios florestais na Europa ou nos Estados Unidos, o fogo não ocorre naturalmente na floresta úmida e tropical da Amazônia. Agricultores derrubam e queimam as árvores para limpar o terreno, e às vezes esses incêndios ficam fora de controle.
Os incêndios florestais pioraram desde 2019, quando o presidente Jair Bolsonaro assumiu o cargo e enfraqueceu as proteções ambientais. Com o início do mandato, os órgãos ambientais tiveram o orçamento cortado. Entre agosto de 2020 e julho de 2021, o desmatamento na Amazônia brasileira subiu 22%, atingindo seu nível mais alto desde 2006, de acordo com relatório anual do governo. Aproximadamente 13.235 quilômetros quadrados de floresta foram desmatados.