
A força-tarefa da Operação Lava Jato denunciou ontem, segunda-feira, pela sexta vez, o ex-diretor de Engenharia da Petrobras Renato Duque, a acusado agora, de evasão de divisas e de realizar depósitos não declarados em contas bancárias no luxuoso Principado de Mônaco, na Europa. Os procuradores da Lava Jato querem que Duque devolva R$ 80 milhões à Petrobras, cujos recursos já estão bloqueados nas contas do réu.
Segundo o Ministério Público Federal, Duque, apontado como homem de confiança do PT na estatal, movimentou a conta no exterior entre 2009 e 2014 e “auferiu valores milionários com a prática de crimes contra a estatal brasileira”, conforme texto assinado pelos procuradores federais.
De acordocom o MPF, as autoridades financeiras de Mônaco enviaram comprovantes de que Duque transferiu US$ 3,8 milhões da Suíça para Mônaco depois de iniciada a operação Lava Jato. As transferências ocorreram de maio a setembro de 2014.
Duque está preso desde março de 2015 em Curitiba. Seu advogado, Roberto Brzenzinski Neto, informou que só irá se pronunciar após ler o texto da denúncia. Em um dos processos a que responde, Renato Duque já foi condenado a 20 anos de prisão, pena mais alta aplicada na Lava Jato.
UNIVERSITÁRIO
Preso pela Operação Lava Jato desde abril de 2015, o ex- deputado Luiz Argolo foi aprovado no Sisu, Sistema de Seleção Unificada que abre as portas das universidades públicas para quem fez o Enem. Argolo pretende cursar faculdade de Matemática na Universidade do Estado da Bahia, campus de Alagoinhas, cidade onde o ex-parlamentar concentra seu eleitorado. (iG)