Lula rouba o nome da crise (Por Paulo Figueiredo)

Advogado Paulo Figueiredo(AM)

Quando digo que Lula é fruto de uma desestruturação social e familiar histórica, agravada com o tempo, vejo que minhas razões tornam-se no dia a dia bem mais sólidas. Ele não mede as consequências de seus gestos e palavras.
Um pouco lá atrás, para conflagrar o país num conflito de largas proporções, prometeu valer-se do “Exército de Stédile” e disse ser o único líder político capaz de incendiar o país. Mais recentemente, mandou que investigadores, procuradores e o juiz da Lava-Jato metessem o processo da operação no … Afirmou que teria igual procedimento com o acervo que recebeu no exercício da Presidência da República, em relação ao Ministério Público, cujos membros também deveriam suportar ação idêntica, usando o que chamou de ‘ tralha’, depositada no sítio de Atibaia.


E assim faz e fala o que lhe dá na telha. Agora mesmo, em tom desafiador e insultuoso ao Poder Judiciário, mandou que os sindicalistas cobrem do juiz Sérgio Moro os ‘prejuízos’ causados pela Lava-Jato à economia brasileira. Por sinal, ele adora  mandar, um verbo que não lhe sai da boca. Aqui e ali, está sempre mandando alguém fazer alguma coisa, nem que seja os maiores disparates do mundo.

Engraçado é que o ex-metalúrgico fica num caminhar de passos incessantes diante de sua plateia, com poses de mestre-escola, em ação cênica previamente estudada, tanto em atos que lembram suas assembleias do passado como em qualquer outro, dos mais simples aos mais solenes. Assim, vai alimentando a certeza de que convencerá o auditório e a Nação, ao tentar emprestar foros de verdade às baboseiras que profere com impressionante frequência e sem nenhuma cerimônia.

É um poço de contradições e perde-se num labirinto de ideias confusas e insustentáveis, embora sempre ditas com a empáfia de quem se julga o maior dentre os maiores. Como todo demagogo, no pior sentido, é logo apanhado em seus objetivos escusos. Como fingidor de elite, em homenagem à sua fixação no termo, manipula as palavras, sem dúvida, com extraordinário talento, ao falar a espectadores predispostos ao aplauso irracional e delirante. De propósito, sublinhando a ignorância, suprime o plural de certos vocábulos e aparenta desconhecer outros tantos. Fala em ‘três ou quatro bilh&a tilde;o’. Ao ser questionado sobre sua preferência por vinhos caríssimos, após dizer que não sabia distinguir um Miolo de um Romanée Conti, falou em ‘dicante’, ao invés de decanter, recipiente no qual sua mulher teria colocado uma rosa, pensando tratar-se de um vaso destinado a receber flores, sob risos de acólitos amestrados.

Mas vamos ao que mais interessa. Lula acaba de roubar de Dilma o nome da crise, a fim de atribui-la a Sérgio Moro e à Operação Lava-Jato. Logo agora, quando o juiz é nomeado pela conceituada revista ‘Fortune’ como importante líder do planeta, capaz de transformar o mundo. Para exaltação dos brasileiros decentes, o magistrado figura ao lado de Ângela Merkel, do papa Francisco e do atual presidente da Argentina, Maurício Macri, deixando bem atrás inúmeras lideranças internacionais. Numa leitura elementar, ao criticar Moro, o que Lula faz é defender a corrupção, cujos tent&aa cute;culos vêm sendo podados pela Lava-Jato. Após séculos de história, o andar de cima da sociedade é apanhado pela Justiça, fato condenado pelo ex-metalúrgico, embora continue posando de algoz dos ricos e defensor dos pobres e oprimidos, mais uma de suas falácias.

Sem tremer um único músculo da face, Lula dá uma de avestruz. Enfia a cabeça na areia, mas deixa o corpo de fora. Condena o aumento incontrolável dos índices de desemprego, que mergulha os trabalhadores na desgraça, como se ele e Dilma não fossem os responsáveis pela explosão nos números de desempregados – cerca de 10 milhões atualmente, com a economia em recessão profunda.

Ainda na reunião da chamada Plenária Nacional de Sindicalistas em Defesa da Democracia, do Estado de Direito e Contra o Golpe, a ladainha de sempre, com essa história de resistência ao golpe que ninguém aguenta mais. Como não há outra saída, cumpre criar o factoide, propósito que jamais será alcançado, porquanto não há subversão da ordem e violação das leis da República. Como advertem os ministros do Supremo Tribunal Federal, insuspeitos, a maioria deles nomeados pelos governos lulopetistas, não há que se falar em golpe na votação do impeachment da p residente faltosa, cumprido o regramento constitucional. Golpe é o que o ex-metalúrgico trama contra as instituições democráticas, inclusive com o uso de violência armada. Golpe será deixar que Dilma Rousseff continue na presidência, contra a vontade manifesta de 70% da população brasileira. Incompetente e inapta, uma tragédia, deve ser removida com urgência de sua função, para o bem do povo e felicidade geral da Nação.(Paulo Figueiredo – Advogado, Escritor e Comentarista Político – [email protected])

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