
A Vigilância Epidemiológica do Acre foi acionada, na última terça-feira (21), após dois macacos serem achados mortos com suspeita de febre amarela na zona rural de Acrelândia, no interior do estado.
Como parte do protocolo, os cadáveres chegaram a ser enviados a Rio Branco para retirada de amostras, porém, por estarem deteriorados, as coletas não foram feitas.
Eliane Costa, gerente da vigilância, explica que uma equipe se deslocou ao município para averiguar a situação, quando a Secretaria Municipal de Saúde foi orientada para fazer o resgate e envio dos animais para que fosse retirado tecidos ou sangue. O material seria enviado para análise laboratorial em Belém (PA).
O Site tentou contato por telefone pela Secretaria de Saúde de Acrelândia, mas não obteve resposta até esta publicação.
No entanto, conforme a gestora, os bichos haviam morrido há vários dias e, para amostras confiáveis, o protocolo define que a coleta seja feita entre seis e oito horas após o óbito. Apesar disso, em parceria com o hospital veterinário da Universidade Federal do Acre (Ufac), houve a tentativa de aproveitamento.
“Quando foram abertos, identificamos que não tinha condições, porque já tinha passado muito tempo, não havia mais como identificarmos os órgãos, estava deteriorado. Então, ficou inviável a amostra. A orientação é que seja mandado à Belém dependendo da qualidade da amostra”, acrescenta.
Diante da suspeita, Eliane afirma que a Saúde Estadual deve trabalhar na “linha preventiva”, com orientações aos moradores para atualização das vacinas se houver necessidade. “Existem critérios para a vacinação. Se estiver com a carteira em dia, não há necessidade. Pedimos à população que, se encontrarem outra espécie, comunique imediamente”, ressalta.

Febre amarela no Acre
O Acre não registra nenhum caso de febre amarela há quase 75 anos, segundo a gerência de Imunização da Secretaria de Saúde (Sesacre). O último caso registrado no estado foi em 1942 no município de Sena Madureira. A cobertura vacinal é de 68% entre os anos 2000 a 2009. As análises são feitas a cada década e, por isso, a atualização deve ser divulgada em 2019.
O estado de Minas Gerais registrou um surto em janeiro deste ano, com mortes confirmadas. O problema gerou preocupação nos acreanos em algumas cidades, gerando filas em postos de saúde. Porém, a Sesacre informou que não há motivo de alarde, apesar da região ser considera endêmica.
Para estar totalmente imunizado, é necessário ter tomado duas doses da vacina durante a vida. Devido a uma mudança no protocolo, não é mais preciso ser vacinado a cada 10 anos. Se a caderneta infantil for seguida à risca, a primeira dose é tomada aos 9 meses de vida e o reforço aos 4 anos de idade.
Fonte: Notícias ao Minuto