Donos de bar são presos por exploração sexual e agressões, no Amapá

Local funcionava como casa de prostituição e ponto de drogas/Foto: Divulgação

Quatro pessoas da mesma família – mulher, marido e dois filhos – foram presos pela Polícia Civil em Oiapoque, a 590 quilômetros de Macapá, suspeitos de agredir, manter em cárcere privado e explorar sexualmente mulheres que trabalhavam no local como prostitutas. A prisão foi na quinta-feira (23) após três vítimas denunciarem na delegacia a violência sofrida no local.


A prisão aconteceu em flagrante e os quatro seguem detidos no Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (Ciosp). O delegado Charles Correa, que acompanha o caso, detalhou que com base nos relatos das vítimas, a situação vivida no local era de escravidão, onde as mulheres eram violentadas, presas nos quartos do bar e até impedidas de comer.

“As meninas só podiam almoçar, não podiam jantar para não engordarem. Caso não tivessem aptas a trabalhar em determinado horário eram multadas e obrigadas a lavar o prostíbulo. Eram submetidas a uma espécie de escravidão. Elas disseram que pelo programa era cobrado R$ 150, sendo 100 para a dona [do bar] e 50 para a mulher, caracterizando a exploração sexual”, relatou Correa.

As mulheres foram submetidas ao exame de corpo de delito que comprovou as agressões sofridas por elas, geralmente cometidas pelos filhos dos donos do bar.

Local funcionava como casa de prostituição e ponto de drogas/Foto: Divulgação

“Essas meninas vieram de outros estados, como o Maranhão, para trabalhar na cozinha, de garçonete, mas quando chegam aqui descobrem que era para se prostituir”, acrescenta o delegado.

Após a prisão, o bar foi interditado pela polícia também pela suspeita de venda de drogas no estabelecimento. Os depoimentos das mulheres sobre as agressões e a exploração sexual foram confirmados ao delegado por outros funcionários do local.

Fonte: G1

Artigo anteriorMacacos são achados mortos com suspeita de febre amarela no Acre
Próximo artigoTCE convoca prefeito, SMTU e Sefaz para reunião sobre tarifa de R$ 3,80

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui