

Talvez por causa da influência da colonização portuguesa no Brasil, atualmente, em Manaus, o vermelho e o verde estão sendo as cores predominantes entre os torcedores amazonenses. As cores da bandeira de Portugal estão por toda parte e conseguiram ofuscar o branco, azul e vermelho da torcida americana.
No Largo de São Sebastião, no centro de Manaus, o reduto é português. Por lá fica o mais famoso bar da cidade. O bar do Armando, falecido português que se tornou ícone na capital amazonense, também atraí outros turistas, mas no momento o domínio é completamente lusitano.
Foi lá que encontramos a família da fonoaudióloga Viviane Monteiro Azevedo, de 34 anos. Ela é amazonense, mas há 13 anos casou com o engenheiro português Jhonny Manuel Bandeira Monteiro. Por dois anos morou na cidade de Coimbra, onde teve o primeiro filho. De volta ao Brasil teve o segundo filho e, esse ano, vive a experiência de ter que dividir o coração entre Brasil e Portugal.
“Vai ter briga em casa”, sorriu Viviane. “O verde amarelo fala mais alto pra mim, mas meu filho mais velho e meu marido é Portugal. Só o Mateus, meu caçula de 4 anos, que também vai torcer pelo Brasil”, completou a fonoaudióloga.
Na casa do funcionário público Geraldo Gomes, de 43 anos, os corações também são lusitanos. Neto paterno de portugueses, ele conseguiu influenciar a esposa e os dois filhos a torcer pela seleção de Cristiano Ronaldo. Eles já compraram camisas e bandeiras dos patrícios para irem a Arena da Amazônia. O filho mais novo, inclusive, vai ao jogo com o objetivo de conseguir a camisa do português. “Vamos ajudar ele (filho) a conseguir essa camisa. Hoje somos Portugal de carteirinha”, afirmou Gomes.