

O vereador Mário Frota (PSDB) criticou, na manhã de hoje, terça-feira (25), na Câmara Municipal de Manaus (CMM), os gastos acima do previsto nos valores dos contratos das obras do gasoduto Coari Manaus (liga Urucu à capital do Amazonas, Manaus). A estimativa inicial da obra, que era de R$ 1,2 bilhão, chegou a R$ 4,5 bilhões, conforme documentos da Petrobras, que a imprensa teve acesso.
Crítico do governo do PT na Câmara Municipal de Manaus, Mário Frota destacou que a ‘corrupção’ na Petrobras afetou Manaus, mais precisamente o gasoduto Coari-Manaus. “E o engenheiro Gézio Rangel ainda chamou a atenção do dirigente da Petrobras (Alexandre Pena, gerente-executivo) para essa questão. Mas tudo está sendo investigado e vamos pagar, porque vivemos em Manaus”, lamentou. Na opinião do vereador, “vamos pagar muito mais pelo metro cúbico do gás, porque alguém tem que pagar pelas irregularidades”. “Já temos um gás mais caro do Brasil, apesar de Coari estar no nosso Estado”, afirmou.
Setor produtivo
O vereador aproveitou também o pequeno expediente para pedir a inserção nos anais da Casa Legislativa, de matéria publicada no último domingo (23), no Jornal Em Tempo, Caderno de Economia, que trata da importação de produtos alimentícios para o consumo. “Manaus é o maior centro de consumo de alimentos importados”, disse ele, folheando as quatro páginas da edição especial do jornal.
Com base na matéria, o vereador criticou o fato do Estado do Amazonas ser importador de alho, da China; do cheiro-verde, do Ceará; a macaxeira, de Boa Vista; além do tomate, de São Paulo. Na opinião do vereador, contribuem para essa situação a falta de investimentos no setor primário amazonense. “Os investimentos para o setor primário não chegam a 1% do orçamento do Estado. Importamos a cenoura, o tomate e o pimentão. É uma vergonha para o nosso povo”, disse.
Segundo o vereador, as várzeas do Nilo, infinitamente menor que as terras produtivas da região, produzem muito mais alimento