
Com o objetivo de beneficiar crianças prematuras e portadoras de doença pulmonar crônica ou doença cardíaca congênita, a Maternidade Moura Tapajóz, bairro Compensa, zona Oeste, iniciou ontem segunda-feira, 29/1, o Ciclo 2018 para a aplicação do Palivizumabe, um tipo de anticorpo que induz a imunização contra o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), prevenindo formas graves de infecção em bebês de alto risco.
A Maternidade Moura Tapajóz, de acordo com a diretora Angélica Tavares, é um dos quatro polos do município de Manaus para a aplicação do medicamento, fornecido pelo Ministério da Saúde, beneficiando crianças com maior risco de internações ou complicações decorrentes do VSR.

“São crianças que também recebem acompanhamento especializado no Ambulatório de Seguimento do Bebê de Alto Risco da Moura Tapajóz. A medicação permite melhorar a imunidade dos bebês prematuros ou que sofrem com doenças pulmonares ou cardíacas, garantindo uma melhor qualidade de vida e o desenvolvimento adequado da criança”, destaca Angélica Tavares.
Durante evento de abertura do Ciclo 2018, o responsável estadual pelo programa Palivizumabe na Secretaria de Estado da Saúde (Susam), enfermeiro Luciano Pereira, explicou que o VSR é um vírus que tem maior sazonalidade no Amazonas entre os meses de fevereiro e junho e, por indicação de portaria do Ministério da Saúde, o medicamento é direcionado para três grupos específicos de crianças: prematuros com idade gestacional abaixo de 29 semanas; doença pulmonar crônica ou doença cardíaca que possa alterar de maneira sistêmica as funções do organismo do bebê.

Além da Maternidade Moura Tapajóz, o programa conta com os polos nas maternidades Ana Braga (zona Leste), Balbina Mestrinho e Instituto da Mulher Dona Lindu (zona Sul). De acordo com o enfermeiro, no Ciclo de 2017, o programa atendeu quase 300 crianças.
“Esse é um trabalho realizado em uma parceria entre o Ministério da Saúde e os governos estadual e municipal. O medicamento é aplicado em cinco doses, mensalmente”, explicou Luciano Pereira, ressaltando que o VSR tem alta taxa de morbimortalidade em bebês que se encontram nas três condições indicadas pelo Ministério da Saúde para receber o Palivizumabe.

A dona de casa Mônica Galvão foi uma das mães que compareceu na cerimônia de abertura do Ciclo de 2018 do Palivizumabe para iniciar a participação do filho de quatro meses no programa.
“Ele nasceu com 28 semanas de gestação e, depois de dois meses internado, faz o acompanhamento semanal na maternidade Moura Tapajóz. É preciso sempre ter um cuidado maior porque crianças prematuras não têm a mesma imunidade que crianças que nascem com os nove meses, e as ações de prevenção são importantes para proteger melhor a saúde do meu filho”, afirmou Mônica.