
O sucesso do Programa Sinapse da Inovação no Amazonas, ação desenvolvida pelo Governo do Estado do Amazonas via Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) em parceria com os Centros de Referência em Tecnologias Inovadoras (Fundação Certi), tem despertado o interesse das instituições ligadas à pesquisa e inovação e incentivado outros Estados brasileiros a participarem do programa.
Ontem (12), o diretor de Tecnologias Inovadoras do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), José Menezes, se reuniu com o diretor-presidente da Fapeam, René Levy Aguiar, na sede da instituição, para contar com a experiência e parceria da Fapeam na proposta que o MDIC está desenvolvendo para a edição 2018 do Sinapse da Inovação.
A reunião também contou com a presença do Secretário Executivo de Ciência, Tecnologia e Inovação Estevão Monteiro de Paula; diretor técnico-científico da Fapeam, Dércio Reis e diretor executivo da Fundação Certi, Leandro Carioni.

O programa Sinapse da Inovação, lançado em 2015 no Amazonas, visa transformar ideias inovadoras em negócios de sucesso para fortalecer o empreendedorismo, cenário inovador e econômico no Estado.
O diretor-presidente da Fapeam, René Levy Aguiar, disse que a reunião foi para o MDIC entender como ocorreu à dinâmica e os pontos fortes do programa desenvolvido no Amazonas. Além disso, se havia interesse da Fapeam em juntar esforços com o MDIC para levar a edição do Sinapse da Inovação 2018 por meio do apoio das empresas e assim expandir o programa para Região Norte, especialmente o Amazonas.
“Existe um planejamento a partir de recursos de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) e também de empresas que queiram investir nesses projetos inovadores. Para isso, será feita uma análise a fim de saber se existe interesse de indústrias locais e de fora em investir no programa na região”, contou Levy.
Levy destacou ainda que é preciso avaliar com muita atenção as estratégias que devem ser voltadas para peculiaridades e interesse do Estado e da Região.

“O Estado ganha a possibilidade de investir em ideias que podem se transformar em empresas e, consequentemente, gerar empregos e renda para o desenvolvimento do Amazonas”, acrescentou.
O diretor de Tecnologias Inovadoras do MDIC, José Menezes, parabenizou a Fapeam pelo trabalho desenvolvido em parceria com a Certi. Menezes disse ainda que o programa é uma iniciativa louvável que busca alcançar empreendedores de todo o Estado por meio da conexão de boas ideias e projetos alinhados com o mercado.
“É uma ajuda para o empreendedor nos seus primeiros passos para conquistar mercados, agregando tecnologia, soluções, serviços diferenciados e inovadores. Isso gera empregos e traz recursos exportados, dinamizando a economia. É louvável o trabalho feito pela Fapeam e esse é o motivo da nossa visita. Vamos conversar com as lideranças para tentarmos articular a viabilização de uma edição 2018 do Sinapse da Inovação”, disse Menezes.
Outro ponto que foi debatido durante a reunião é em relação à interiorização do programa. Segundo Menezes esse é um dos eixos que será pensado para a próxima edição do Sinapse da Inovação.
Negócios de Sucesso – Um dos projetos desenvolvido no Programa Sinapse da Inovação no Amazonas é o “Trocados”, um aplicativo que permite que os clientes recebam o troco quando o comércio não tiver o valor disponível, principalmente as moedas. A ideia de criar a plataforma surgiu com o objetivo defacilitar a rotina dos comerciantes e clientes.
Segundo o coordenador do projeto, Silvestre Paiva, um cenário comum nas lojas é a falta de troco, principalmente, quando se trata de moedas. Sentindo na pele essa dificuldade, o empreendedor, em parceria com amigos, apostou na ideia de desenvolver um produto que facilitasse a vida do consumidor e do comerciante ao mesmo tempo.
Hoje o “Trocados” pode ser encontrado em alguns estabelecimentos de Manaus. A equipe trabalha em parceria com cinco empresas.
Outro exemplo é um suplemento alimentar feito a partir da semente da seringueira coordenado pelo empreendedor Antônio Lúcio. Com a comprovação do alto valor nutricional da semente da seringueira, um nicho de mercado latente foi percebido pelo grupo empreendedor. Além do desenvolvimento do suplemento alimentar, eles deram início à criação de outros produtos criados a partir da semente e usaram os conhecimentos adquiridos na academia para validar os benefícios da produção.
A previsão é que até fevereiro de 2018 o produto já esteja disponível no mercado.