

O vereador Luis Mitoso (PSD) propôs, na manhã de hoje (01), uma Moção de Repúdio ao empresário José Antônio Fernandes Martins, vice-presidente de Relações Institucionais da Marcopolo, pelas declarações depreciativas em torno do valor da Amazônia como parte da Pátria brasileira.
Segundo Mitoso, conforme publicação no jornal Zero Hora de 25 de março de 2014, o empresário ao iniciar sua palestra na Câmara de Indústria, Comércio e Serviços (CIC) de Caxias do Sul, por ocasião da abertura do calendário de reuniões do Sindicato da Indústria de Material Plástico do Nordeste Gaúcho (Simplás), declarou que para assegurar o modelo econômico atual deve ser feito tudo, inclusive, se for preciso, vender a Amazônia e a Ilha do Marajó.
“Jamais vou admitir que alguém trate a , e também que falem mal dela. Toda vez que alguém se pronunciar contra o meu povo, a minha terra amada, de forma inconsequente e preconceituosa, irei manifestar o meu repúdio. Jamais irei admitir que pessoas que não conhecem a nossa realidade, a dimensão da Amazônia e o valor dos amazônidas, insistam em menosprezar o nosso valor como se não fôssemos brasileiros e pudéssemos ser descartados, assim como esta terra, como objetos negociáveis”, enfatizou o parlamentar após ler o seguinte trecho da matéria que pode ser acessado em http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/noticia/2014/03/o-brasil-esta-no-limite-do-despenhadeiro-diz-jose-antonio-fernandes-martins-em-caxias-4456145.html
“Martins também revelou aos convidados o tom da conversa mantida por um grupo de 21 empresários, no qual se incluía, com o ministro da Fazenda, há cerca de duas semanas. E comentou a apreensão das indústrias com o momento econômico:
— Nós falamos para o Guido Mantega: ‘façam o que for preciso, vendam o Amazonas e a ilha de Marajó se precisar, mas não deixem o país perder o grau de investimento’. Perder a posição de grau de investimento é uma calamidade pública.”, leu o vereador.
Mitoso lembrou que a empresa Marcopolo, indústria gaúcha conhecida nacionalmente pelos ônibus que fabrica, está diretamente sendo beneficiada pelos investimentos públicos em mobilidade urbana e pela redução de impostos e benefícios fiscais.
“O Amazonas também é consumidor dos seus produtos; todavia, na perspectiva desse empresário, isso não conta, o que interessa é proteger os interesses dos investidores estrangeiros e assegurar os lucros da sua empresa, pouco importa a Amazônia e seus moradores se não puderem servir a esses interesses devem ser descartados, negociados, vendidos?”, questionou o vereador.
Na semana passada, Mitoso apresentou outra Moção de Repúdio destinada ao superintende da Fundação Amazonas Sustentável, Virgílio Maurício Viana, que durante o lançamento da rede de soluções de desenvolvimento sustentável (SDSN), também fez uma declaração classificada como irresponsável e presunçosa. “Foi dito que o nosso caboclo é incapaz de cuidar e preservar a Amazônia, e que somente as instituições de pesquisa, ONG´s e as ‘melhores cabeças’ têm o conhecimento e a capacidade para assegurar a sustentabilidade do nosso desenvolvimento. Nós repudiamos isso”, defendeu. A iniciativa recebeu o apoio de 21 dos 41 vereadores da Câmara Municipal de Manaus (CMM).
Mitoso completou durante seu discurso na CMM que, embora outros tentem depreciar o maior bem existente para a humanidade, a Amazônia, outras pessoas se encantam com as belezas e riquezas que a região oferece quando aqui chegam, como é o caso do mais novo cidadão manauara, General do Exército Eduardo Dias da Costa Villas Boas, comandante Geral do CMA, homenageado na Câmara Municipal de Manaus (CMM), e que ressaltou, emocionado, a importância do Estado do Amazonas para sua existência e para o mundo.
“Sou caboclo do Amazonas, essa terra é nosso lar. A Amazônia é a resposta aos problemas que afligem a humanidade”. Para Mitoso, esse é um exemplo de cidadão que reconhece que a nossa Amazônia tem especial valor e importância, lugar de todos os que são verdadeiramente brasileiros.