O Ministério da Saúde está negociando com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) a compra emergencial de 25 mil doses da vacina contra a mpox. O anúncio foi feito em 15 de agosto. A doença foi classificada como emergência em saúde pública pela OMS.
Em 2023, durante o primeiro surto global de mpox, a Anvisa autorizou o uso emergencial da vacina Jynneos no Brasil, já que não era licenciada no país. A autorização foi renovada em fevereiro, mas venceria este mês. O ministério já solicitou nova renovação.
A vacina é destinada a adultos a partir de 18 anos e tem validade de até 60 meses quando conservada entre -60°C e -40°C. A prorrogação da dispensa é válida por seis meses e se aplica apenas ao ministério.
Desde 2023, foram aplicadas mais de 29 mil doses no Brasil. O público-alvo inclui pessoas com HIV/aids de 18 a 49 anos e profissionais de laboratórios NB-2 que trabalham com Orthopoxvirus. Também são vacinadas pessoas que tiveram contato direto com fluidos corporais de pacientes suspeitos, mediante avaliação local.
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, ressaltou a importância da vigilância e do monitoramento, destacando que a vacinação é seletiva e focada em grupos específicos. A secretária de Vigilância em Saúde, Ethel Maciel, mencionou a limitação na produção da vacina e a negociação com a Opas para garantir uma reserva no Brasil.
Atualmente, o Brasil está no nível 1 da nova emergência global, com um cenário de normalidade e sem casos da nova variante identificada na República Democrática do Congo. O último óbito no país foi registrado em abril de 2023.
Fonte: AgênciaBrasil
