
O Ministério Público do Amazonas (MPAM) ingressou com Ação Civil Pública contra o Bradesco devido às condições precárias da única agência do banco em Rio Preto da Eva. A ação foi motivada por denúncias de filas longas, caixas eletrônicos sem dinheiro e ausência de estrutura mínima, como banheiros, assentos e proteção contra sol e chuva.
Inspeções realizadas pela promotoria confirmaram os problemas, observando grande fluxo de pessoas, inclusive idosos e crianças, expostas ao sol. O banco atribuiu as falhas ao mau uso dos terminais pelos clientes, sem apresentar soluções concretas, sugerindo apenas o uso de canais digitais — inviáveis para muitos moradores da zona rural por falta de internet.
A agência funciona há décadas em imóvel alugado pela prefeitura, sem melhorias, apesar de administrar o pagamento de servidores municipais e operar contrato de R$ 600 mil com o município. O promotor Christian Anderson destaca que a estrutura desconsidera a realidade local, agrícola e turística, com PIB entre os 20 maiores do estado.
O MPAM requer que o Bradesco, em 60 dias, apresente plano de reforma da unidade, com instalação de banheiros acessíveis, mais caixas eletrônicos e aumento da equipe. Medidas emergenciais, como tendas e senhas prioritárias, também foram solicitadas, além de multa diária de R$ 5 mil por descumprimento e notificação ao Banco Central.
Fonte: mpam