
Depois de Temer, agora foi a vez do ministro Eliseu Padilha deixar a coordenação política. Agora é oficial. Padilha considera que concluiu sua tarefa: encaminhar os restos a pagar do Orçamento e os cargos. Agora, o sucesso ou o desastre da gestão do varejo com o Congresso passou à responsabilidade de Aloizio Mercadante (Casa Civil), Ricardo Berzoini (Comunicações) e Giles Azevedo.
Palavras encantadas
O vice Michel Temer decidiu que não vai mais participar de encontros patrocinados por organizações como a Política Viva. Segundo interlocutores frequentes, ele ficou impressionado com a agressividade dos inquisidores, na reunião de quinta-feira, e com a virulência das perguntas. Temer não gostou da tradução de suas palavras, que o coloca na condição de “conspirador”. O vice e presidente do PMDB qualifica sua intervenção no encontro de “falinha”. A despeito do clima criado, está disposto a deixar para lá, para evitar que se crie a imagem que está sempre se explicando. Para Temer, está bem claro que ele está com a presidente Dilma e o ministro Joaquim Levy.
“É como uma escola de samba. São várias alas. Uma defende o mandato da presidente Dilma. Outra é contra o ajuste. Tem uma contra a homofobia”
Alberto Cantalice, vice-presidente do PT, sobre o Manifesto ao Povo Brasileiro que será fechado hoje na reunião da Frente Brasil Popular, em BH
A janela e a gaveta
Os deputados aprovaram uma janela para troca de partido em sua PEC da reforma política. Os senadores colocaram a PEC na gaveta. Ela está embrulhada sem relator na CCJ. Eles queriam que a Câmara ampliasse seus mandatos para 10 anos.
Solidariedade
O líder do governo no Congresso, senador José Pimentel, lamentou, em reunião da bancada do PT, o abatimento mostrado pelo ex-ministro José Dirceu na sessão da CPI da Petrobras, na última terça-feira. Ele disse que “doía a alma” vê-lo daquele jeito. Outros senadores concordaram. Condenado no mensalão, Dirceu foi preso na Lava-Jato.
Pagando a fatura
A descrença virou a marca da CPI do BNDES. São muitos interesses empresariais envolvidos. E doadores de campanha de vários partidos. Uma dessas empresas, a JBS, financiou cerca de 20 (governo e oposição) de seus integrantes.
Segurando a bola
Investigadores da Operação Zelotes, que apura um esquema de venda de sentenças no Carf, atribuem a demora para oferecer denúncias contra envolvidos à letargia dos bancos Itaú e Santander na entrega das quebras de sigilo. O Itaú diz que tem cumprido todo os prazos. O Santander é um dos investigado na operação.
Tiro ao alvo
A bancada da bala fez café da manhã de apoio ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha. “Foram mais de 120 deputados”, diz líder do grupo, Alberto Fraga. Cunha tem atendido a essa pauta: a redução da maioridade e o Estatuto do Desarmamento.
Feminismo
A exemplo do PSDB, o Coletivo de Mulheres do PT paulista saiu em defesa da Secretaria das Mulheres. Em carta aberta à presidente Dilma, diz que a extinção da pasta é um “equívoco político”, na contramão do anseio gerado por seu mandato.
O experiente jornalista Laerte Rimoli vai assumir o comando da Comunicação da Câmara. Petistas o criticam por ter prestado serviços profissionais a tucanos.(Panorama Político)