Modelo presa na China: ‘tentaram me queimar com cigarros’

Amanda Griza (C) chega ao Brasil, depois de presa na China/Foto: Fabrício Escanduzz
Amanda  Griza (C) chega ao Brasil, depois de presa na China/Foto: Fabrício Escanduzz
Amanda Griza (C) chega ao Brasil, depois de presa na China/Foto: Fabrício Escanduzz

A modelo brasileira Amanda Griza, de 19 anos, que ficou 17 dias presa na China, desembarcou na noite de ontem, segunda-feira (26), em Florianópolis, depois de passar por São Paulo, e disse ter passado por um “filme de terror”.

Amanda foi recebida por amigos e familiares no saguão do Aeroporto Internacional Hercílio Luz por vota das 21h30. A jovem chorou copiosamente ao ver os pais e desabafou: “achei que esse pesadelo não iria acabar nunca”.


Ainda no saguão, Amanda precisou ser amparada e concedeu uma rápida entrevista sentada em uma das cadeiras do terminal. Ela contou que os chineses tentaram queimá-la com cigarros e que outras modelos chegaram a ser espancadas.

“Foram os piores dias da minha vida. Um dia chorei e gritei como uma louca. Me trataram como uma louca, me levaram para uma sala e tentaram me queimar com cigarros”, disse. “Foi um filme de terror. Não entendia nada do que falavam. Ninguém falava inglês e eu e só pensava em voltar para casa”, afirmou.

A modelo disse que iria continuar com a carreira, mas garantiu que nunca mais iria “para um país comunista”. Amanda seguiu ainda na noite desta segunda para Balneário Camboriú, cidade localizada a 90 quilômetros de Florianópolis.
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A mãe de Amanda, Elena Griza, emagreceu quase quatro quilos durante os dias em que a filha permaneceu presa. “Foi um desespero total, não tínhamos noção do que estava acontecendo”, disse, destacando que a filha deve continuar lutando pelo sonho de ser modelo. “A Amanda é guerreira e sei que esse drama vai deixá-la mais forte para seguir o sonho de ser modelo”, afirmou.

Amanda foi presa no dia 8 de maio na China, onde trabalhava desde fevereiro. O problema ocorreu após ser chamada para uma suposta seleção de modelos. O “convite” era uma operação realizada pelos policiais chineses para verificar problemas em vistos de trabalho. Junto com a brasileira foram detidas outras 60 garotas. “Tivemos o apoio do consulado e recebi até mesmo ligações do ministro de Relações Exteriores”, conta o pai Edson Griza. “Foi um pesadelo e espero que ninguém tenha que passar por isso”, concluiu.(Terra)

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