Moraes autoriza quebra de sigilo bancário e fiscal de Jair Bolsonaro e Mauro Cid

Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e ex-ajudante de ordens Mauro Cid - Reprodução/Internet

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes autorizou o pedido de cooperação internacional feito pela Polícia Federal (PF) para solicitar aos Estados Unidos a quebra de sigilo bancário das contas dos investigados no caso das joias presenteadas pela Arábia Saudita na Flórida. São as contas do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), de seu ex-ajudante de ordens Mauro Cid e de seu pai, general Cid e, se houver, do advogado Frederick Wassef .


As joias recebidas por Bolsonaro e pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro deveriam fazer parte do acervo da República e foram vendidas ilegalmente. O Supremo Tribunal Federal (STF) pediu quebra do sigilo bancário tanto do ex-presidente quanto de Michelle.

Wassef admitiu que viajou aos EUA e que recomprou o relógio da marca Rolex. Na quinta-feira (16), foi alvo de busca e apreensão em uma churrascaria em São Paulo. Ele teve os celulares apreendidos e o carro revistado. Segundo levantamento da PF, Wassef possui 32 armas de fogo. Entre elas, quatro armas e um porte válido no SINARM (SINARM – Sistema Nacional de Armas – Polícia Federal), uma pistola Glock 9mm; uma pistola .45; uma pistola Sig Sauer 9mm e uma carabina Brigade. Ainda, 28 armas registradas no SIGMA (Sistema de Gerenciamento Militar de Armas do Exército) como CAC –destas, 12 são fuzis. Nenhuma destas armas foram encontradas nos endereços dos advogado.

O pedido de cooperação também prevê requerer ao FBI que investigue as joalherias e lojas onde foram vendidos kits e relógios dados de presente ao governo brasileiro. O objetivo é identificar pessoas físicas que, via telefone ou meio eletrônico, transacionaram ilegalmente esses bens e onde foi parar o dinheiro obtido das vendas.

No caso da recompra do Rolex, feito pelo advogado Frederick Wassef, o pedido ao FBI também será no sentido de investigar de onde saiu o dinheiro usado por ele para recomprar o relógio que foi devolvido ao TCU. Se os US$ 49 mil pagos para a joalheira da Pensilvânia saíram de alguma conta nos EUA, via saque na boca do caixa ou saques feitos em caixas eletrônicos. Wassef disse que pagou o relógio em espécie.

A PF fez uma lista de pedidos ao FBI para obter mais informações:

  • Existe imagem do Wassef na joalheria?
  • Ele estava sozinho ou acompanhado?
  • Há registro do pagamento em dinheiro pela recompra do Rolex?
  • Foi usado algum cartão de crédito internacional? Caso sim, em nome de quem?
  • É possível rastrear a origem dos dólares usados na negociação?
  • O dinheiro saiu de alguma conta nos EUA em nome do próprio Wassef, de conta em
  • nome do ex-presidente Bolsonaro, do Mauro Cid e/ou do general Cid?

g1

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