
O vereador Faissal Calil (PSB) esteve em meio a uma verdadeira polêmica quando resolveu interceder pela sua irmã, proprietária de uma farmácia na Rua 13 de Junho em Cuiabá, sobre o entregador do estabelecimento ser flagrado pela Polícia Militar sem a viseira do capacete. Fotos marcantes revelaram que aparentemente os policiais agiram com truculência ao dar voz de prisão ao vereador. O delegado que atendeu o caso arquivou o processo e solicitou a abertura de uma Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) contra os PMs.
O caso, segundo o próprio parlamentar, foi que os policiais estavam do outro lado da rua quando o funcionário da farmácia chegou em uma motocicleta. Os homens da PM então o abordaram para solicitar explicações e lavrar a multa. No momento em que o fato estava em andamento a irmã de Faissal, e patroa do funcionário, saiu na porta e pediu aos policiais que fizessem somente a multa que ela iria pagar.
Segundo ela, os PMs responderam com truculência. Ao ser abordada desta forma a mulher então tirou o celular da bolsa no intuito de filmar a ação. Ainda de acordo com ela, neste momento os agentes da lei desferiram um golpe que resultou com a queda do aparelho no chão. Foi dado a ela voz de prisão por obstrução. Moradores próximos do local avisaram a mãe de Faissal, que por sua vez ligou para o vereador e contou o episódio.
Em coletva de imprensa realizada nesta terça-feira (2), Faissal disseque se dirigiu a farmácia e foi barrado na porta do estabelecimento. Neste momento, o parlamentar teria perguntado para o PM que estava na porta o que estava ocorrendo, pois era advogado. Foi quando o policial disse, segundo Faissal, que se ele quisesse saber era para ele se dirigir à delegacia para ter acesso ao Boletim de Ocorrência. Faissal insistiu dizendo ser advogados, mas foi ignorado pela polícia.
Dado dois passos para trás, o vereador tirou o seu celular para filmar na intenção de obter alguma prova do que estava acontecendo. A partir disso que o caos se instalou. Conforme os esclarecimentos do vereador, os PMs deram um golpe no sentido de imobiliza-lo. Em seguida deram-lhe voz de prisão. Faissal foi encaminhado ao Cisc do Planalto para que o B.O. fosse confeccionado.
Na delegacia, o delegado arquivou o processo contra Faissal e solicitou à corregedoria da PM que instaure um PAD contra os 2 policiais que o abordaram. A PM alega a teoria de que Faissal agiu com agressão e estaria abusando da sua autoridade. Os PMs que estavam atendendo o caso não permitiu que a imprensa entrasse na delegacia para ouvir o vereador. Um fotógrafo de uma site local chegou a discutir com um PM que não lhe permitiu ter acesso à delegacia.
Todos os PMs que atenderam o caso tiraram suas identificações da farda não permitindo que a imprensa colhesse os nomes deles.
(24horasnews)