Mulheres blindadas por Anderson Sousa estão no centro de um furacão de denúncias e favorecimentos

Mulheres blidadas por Anderson Sousa fazem parte da distribuição de verbas públicas - foto: montagem/Abutre

Ex-prefeito de Rio Preto da Eva e atual presidente da Associação Amazonense de Municípios (AAM), o político que se autointitula “o professor” se vê no centro de um verdadeiro furacão de denúncias.


Escândalos pessoais, suspeitas de favorecimento, uso de dinheiro público para fins privados e até mesmo a empresa sede da AAM tendo como sócia sua própria esposa compõem o enredo de um gestor que tenta sustentar uma imagem de seriedade enquanto os bastidores revelam outra realidade.

Enquanto posa para fotos com prefeitos e fala em “gestão eficiente e técnica”, o que se desenha por trás do marketing é uma estrutura de poder familiar, blindagem de aliados envolvidos em crimes e uso indevido de recursos públicos.

Anderson Sousa no detalhe, fez da Associação de Municípios do Amazônas, seu quartel general – foto: recorte

A empresa da esposa: sede da AAM e lucro com dinheiro público

O caso mais recente e escandaloso envolve a própria sede da AAM, atualmente instalada em um imóvel pertencente a uma empresa cuja sócia é a esposa do presidente da entidade. A situação é considerada gravíssima por especialistas em gestão pública: há indício claro de conflito de interesses, possível desvio ético e até mesmo violação da Lei de Improbidade Administrativa.

Com isso, o dinheiro das prefeituras que contribuem com a AAM acaba alimentando diretamente o patrimônio familiar do presidente da entidade. Prefeitos do interior, ao descobrirem o arranjo, começaram a questionar os verdadeiros interesses por trás das decisões tomadas pela direção da associação.

O autointitulado “o professor” se vê no centro de um furacão de denúncia na presidencia da AAM, Anderson Sousa – foto: recorte/Instagranm

Pensão atrasada e abandono da filha

Apesar de todo esse poder e acesso a recursos públicos, o presidente da AAM vem sendo acusado judicialmente de não pagar a pensão da própria filha. A mãe da criança já acionou a Justiça por diversas vezes, alegando atrasos recorrentes e descaso emocional por parte do pai, que, ironicamente, faz questão de se apresentar como defensor da família e dos valores cristãos.

Cunhado preso, seguranças armados e clima de milícia

A figura pública também convive com prisões dentro da própria família, como no caso do cunhado detido por envolvimento com crimes em investigação. Além disso, circulam denúncias sobre seguranças armados, alguns com passagens pela polícia, usados não apenas para proteção pessoal, mas também como instrumentos de intimidação e controle político.

O ambiente ao redor do “professor” se assemelha mais a uma estrutura paramilitar de proteção pessoal do que ao entorno de um servidor público dedicado à causa dos municípios.

Café da manhã da esposa e uso político da AAM

Outro ponto que escancara o uso pessoal da máquina pública é o chamado “café da manhã da esposa”, promovido com recursos, estrutura e prestadores de serviço ligados à associação. Os eventos  sem finalidade técnica servem como palanque para promoção pessoal da família e fortalecimento de laços eleitorais, inclusive com fornecimento de brindes, alimentos e apoio logístico custeado indiretamente pelas prefeituras contribuintes da AAM.

Favorecimento à sogra com imóvel alugado em Manaus

Como se não bastasse, há o caso do imóvel pertencente à sogra do político, que foi alugado como representação informal de Rio Preto da Eva em Manaus. A transação, feita sem licitação pública, revela mais um episódio em que os laços familiares se confundem com as fronteiras do dinheiro público, configurando um novo episódio de favorecimento.

O “professor”, que gosta de discursar sobre honestidade e gestão limpa, hoje ensina outra lição: como usar instituições públicas como balcão de negócios pessoais e familiares. Na presidência da AAM, transformou uma associação que deveria fortalecer os municípios em uma extensão do seu projeto pessoal e da sua teia de interesses.

Em tempos de crise institucional, os prefeitos do interior, a população e os órgãos de controle precisam decidir: a AAM pertence aos municípios ou a uma família?

As sócias do café de luxo

O Vista Rio Café é um estabelecimento localizado na Avenida Coronel Teixeira, nº 3080, no bairro Ponta Negra, em Manaus, Amazonas. A empresa está registrada sob o CNPJ 01.803.125/0001-12, com a razão social T S Lanchonetes Casas de Chá de Sucos e Similares Ltda.

A atividade principal da empresa é “Lanchonetes, casas de chá, de sucos e similares”, conforme o CNAE 5611-2/03. A empresa foi fundada em 07 de março de 1997 e possui capital social declarado de R$ 300.000,00.

De acordo com informações disponíveis, Soraya Almeida de Sousa é uma das sócias da empresa. Soraya é esposa de Anderson Sousa, ex-prefeito de Rio Preto da Eva e atual presidente da Associação Amazonense de Municípios (AAM). Além disso, Talita Dias Moraes da Costa também é mencionada como sócia em registros relacionados a empreendimentos com o nome Vista Rio Café.

A associação de figuras políticas e empresariais ao Vista Rio Café tem sido objeto de atenção pública, especialmente considerando a presença de Soraya Almeida de Sousa como sócia e sua relação com Anderson Sousa. É importante destacar que qualquer alegação de conflito de interesses ou uso indevido de recursos públicos deve ser devidamente investigada pelos órgãos competentes.

Fonte: portal Abutre/Manaus

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