Mulheres desenvolvem infecção genital por bactéria que ‘come carne’ e assustam médicos

Foto: Recorte

Três mulheres britânicas foram diagnosticadas com uma forma rara e agressiva de infecção genital causada por uma bactéria conhecida por literalmente “comer” carne humana. O caso chamou a atenção de médicos do sistema público de saúde da Inglaterra e foi descrito em um artigo publicado no dia 8 de abril no renomado periódico BMJ Case Reports.


A doença, chamada de fasciíte necrosante, é uma infecção bacteriana devastadora, que avança rapidamente e destrói tecidos como pele, gordura e músculos. Embora essa condição geralmente afete membros ou o abdômen, os médicos do Shrewsbury and Telford Hospital ficaram surpresos ao encontrar o quadro na região genital das mulheres— um local extremamente incomum para esse tipo de infecção.

As pacientes relataram sintomas como dor intensa na área íntima, vermelhidão, febre alta e mal-estar generalizado. O avanço rápido da infecção exigiu cirurgias de emergência para remover os tecidos necrosados e conter a proliferação da bactéria, que pode levar à morte em poucos dias se não tratada a tempo.

No caso mais grave, a paciente procurou atendimento após notar uma pequena mancha no monte de Vênus (região sobre o osso púbico). Seu médico particular prescreveu antibióticos, mas a infecção piorou nos cinco dias seguintes, espalhando-se pelos grandes lábios, quadril e parte inferior do abdome. Ela foi submetida a uma cirurgia de emergência para remoção do tecido necrosado e permaneceu 28 dias na UTI, mas acabou morrendo de sepse — uma infecção generalizada.

As outras duas pacientes também apresentaram sintomas graves, como dor intensa, febre alta e inchaço na região íntima, mas conseguiram sobreviver após cirurgias agressivas e uso intensivo de antibióticos. Os médicos relatam que o tempo entre os primeiros sintomas e a intervenção hospitalar foi determinante para o desfecho.

A fasciíte necrosante pode ser causada por diferentes tipos de bactérias. Entre elas estão a E. coli (Escherichia coli), Klebsiella, Staphylococcus e Streptococcus, que podem invadir o organismo por meio de pequenas lesões na pele ou mucosas. Embora rara, a doença é extremamente grave e requer atenção médica imediata. Fatores como diabete, imunossupressão e infecções anteriores podem aumentar o risco de desenvolver a condição.

Os médicos britânicos reforçam que, embora casos como esses sejam raros, é fundamental reconhecer sinais precoces e não subestimar sintomas incomuns na região genital. A rapidez no diagnóstico e no início do tratamento pode ser decisiva entre a vida e a morte.

Fonte: R7

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