Na parada em Manaus prefeito de Chapecó recebe homenagens

Jornalistas prestam homenagens aos heróis da Chape/Foto: Indiara Bessa

Os cinquenta corpos de vítimas do voo que levava a delegação da Chapecoense e jornalistas para Medellín, na Colômbia, deixaram Manaus por volta das 4h (horário Brasília) deste sábado (3). Duas aeronaves C-130 Hércules da Força Aérea Brasileira (FAB) saíram após escala na Base Área da capital amazonense. Em Chapecó, os corpos vão ser velados neste sábado, na Arena Condá.
(Correção: ao ser publicada, esta reportagem errou ao informar que três aeronaves da Força Aérea Brasileira decolaram de Manaus para Chapecó. Os corpos foram realocados e duas aeronaves decolaram para concluir o transporte.  O erro foi corrigido às 08h59).


Os aviões saíram da Colômbia entre 19h20 e 20h05 (horário de Brasília). No retorno ao Brasil, as aeronaves fizeram escala em Manaus para realização de um procedimento obrigatório, chamado de desembaraço alfandegário.

Os aviões chegaram entre 23h20 e meia-noite, no horário de Brasília. Na Base Aérea, centenas de pessoas acompanharam a chegada dos atletas com gritos de “Vamos, Chape” em homenagem às vítimas.

Jornalistas prestam homenagens aos heróis da Chape/Foto: Indiara Bessa
Jornalistas prestam homenagens aos heróis da Chape/Foto: Indiara Bessa

O prefeito de Chapecó, Luciano Buligon, recebeu flores e condolências de jornalistas do Amazonas. Ele agradeceu pela solidariedade dos presentes.

“É um sentimento muito grande, eu sinceramente não sei, não existe um modelo para tratar isso. Vamos deixar o coração aguentar. Mas nós estamos preparados para esse momento, pelo carinho que vocês viram aqui, pelo carinho que nós vimos lá em Medellin, pelo carinho que nós vamos ver lá em Chapecó. São atos espontâneos de carinho e solidariedade. Aqueles que não acreditam nisso, podem acreditar”, disse Buligon.

Os corpos devem chegar a Chapecó, em Santa Catarina, por volta das 10h00 – seis horas após a saída da capital amazonense. Em Chapecó será realizado o velório coletivo de parte das vítimas do voo Lamia 2933.

A cidade de Chapecó se prepara para um grande velório em seu estádio, a Arena Condá, previsto para sábado. O local tem capacidade para 19 mil espectadores. O clube vai instalar telões nas proximidades do estádio, porque as autoridades calculam a presença de quase 100 mil pessoas na cerimônia.

Investigações

As autoridades colombianas, em coordenação com especialistas estrangeiros, prosseguem com a investigação, que aponta para a falta de combustível da aeronave. Mas as conclusões finais podem demorar até seis meses.

O governo boliviano suspendeu na quinta-feira a licença da companhia Lamia e destituiu altos funcionários do setor de controle aéreo do país.

O representante da Lamia Gustavo Vargas afirmou que a aeronave não cumpriu o plano de reabastecimento em Cobija, cidade boliviana na fronteira com o Brasil, ou em Bogotá.

O acidente cortou as aspirações da modesta Chapecoense, clube fundado há 43 anos e que teve uma ascensão meteórica desde 2009, subindo da série D do futebol brasileiro até a série A em poucos anos, antes de alcançar a final da Copa Sul-Americana, o segundo torneio continental mais importante.

Acidente

O voo que transportava a equipe da Chapecoense partiu na noite de segunda-feira de Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, em direção a Medellín. Segundo a imprensa local, a aeronave  perdeu contato com a torre de controle às 22h15 (local, 1h15 de Brasília), entre as cidades de La Ceja e Abejorral, e caiu ao se aproximar do Aeroporto José Maria Córdova, em Rionegro, perto de Medellín.

Segundo autoridades colombianas, há 75 mortos e seis sobreviventes. O avião da LaMia, matrícula CP2933, decolou de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, com 81 pessoas a bordo: 72 passageiros e 9 tripulantes.(G1)

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