Ninho do Gavião Real é a mais nova atração turística próxima à Vila de Paricatuba

O namoro acima da copa das árvores no ninho do Gavião Real - foto: Cacau Mangabeira

Os arredores da cidade de Manaus é um grande celeiro turístico ainda inexplorado, mas pela sua beleza e exuberância, atrai turistas e observadores apaixonados por suas histórias iniciadas ainda no período áureo da borracha no Amazonas, com seus seringais e o valiosíssimo látex.


Um desses locais, a Vila de Paricatuba, que foi inaugurada em 1.898 como hospedaria para italianos, agora transformada em ruínas com raízes entrelaçadas nas paredes de pedra, nos mostra uma história não tão remota, mas carregada de mistérios e contos populares.

Por decreto, a vila de Paricatuba é reconhecida como Patrimônio Histórico, Cultural e Imaterial do Amazonas.

Com o fechamento do hotel Ariaú Tower, do hotel Tropical Manaus e o quase abandono do Flutuante dos Botos na Cidade de Novo Airão, o interesse do turismo interno e externo volta-se para as belezas naturais próximas à capital amazonense como forma de guardar na memória aquilo que há de mais exuberante na região. Dentro desse parâmetro, outros empreendimentos começam a surgir como opção, próximo à capital.

Nascido de uma iniciativa individual, eis que é feito a poucos quilômetros de Manaus o mais novo empreendimento turístico da Região Metropolitana de Manaus, o sítio Bom Futuro, a nova opçõe de lazer e turismo na mesma circunferência da Vila de Paricatuba.

Exuberância e beleza vistas nas ruínas da Vila de Paricatuba – foto: Cacau Mangabeira

Como atração, o turista pode, além do banho nas águas do Rio Negro, saborear peixes da região e passeios nos igapós, ver a floresta acima da copa das árvores, no ninho do Gavião Real.

História

Mais antiga que o município de Iranduba e localizada na Região Metropolitana de Manaus, as Ruínas da Vila de Paricatuba foram construídas em 1.898 como hospedaria para abrigar imigrantes italianos, que vinham ao Amazonas fascinados pela riqueza gerada pela extração do látex, das seringueiras.

Com o fim do período áureo da borracha no Amazonas, o Casarão ruína, virou um liceu de arte criado por Padres Espiritanos Franceses. O liceu funcionou até 1916, quando interrompeu as atividades pedagógicas.

Paredes entrelaçadas pelas raízes das árvores na ruína da Vila de Paricatuba – foto: Cacau mangabeira

Logo em seguida, o local serviu de penitenciária para presos vindos à capital do Estado. Mas como a logística era meio dispendiosa, oito anos depois, os presos foram transferidos para a Casa de Detenção, na Avenida 7 de Setembro, em Manaus.

Iniciou-se aí outra campanha de ocupação da Vila do Paricatuba. Por volta de 1.930, o Amazonas, mais especificamente Manaus, viveu uma grande epidemia de lepra e, as autoridades sanitárias da época resolveram criar a primeira sede do leprosário no Estado. Foi então que transformara o casarão da vila de Paricatuba no leprosário Belizário Pena, até a sua desativação.

Hoje, as ruínas abrigam histórias e lendas e mistérios, remete os visitantes ao passado e os leva a imaginar o porque de se construir uma Hospedaria em meio à floresta, distante da capital, na época, ligado apenas por via fluvial.

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