Nogueira comemora superação das dificuldades da ZFM, em 2013

Superintendente Thomaz Nogueira concede entrevista à imprensa/Foto: Márcio Gallo

Superintendente Thomaz Nogueira concede entrevista à imprensa/Foto: Márcio Gallo


O ano de 2013 deverá fechar com R$ 80 bilhões em faturamento nas indústrias da Zona Franca de Manaus (ZFM) que, no ano que vem, deverão consolidar uma maior relação do modelo com os países panamazônicos, como Colômbia, Equador, Peru e Venezuela.

A avaliação foi feita na Superintendência da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA), durante entrevista coletiva em que o superintendente Thomaz Nogueira fez um balanço do ano que se encerra, apresentando, também, as perspectivas para 2014.

Na avaliação de 2013, Nogueira disse que as maiores dificuldades do modelo foram justamente os motivos para a comemoração. “Porque conseguimos superá-los”, explicou. Entre as dificuldades citadas, ele lembrou o fim do contrato de mão de obra terceirizada que a autarquia tinha com a Fundação Centro de Análise, Pesquisa e Inovação Tecnológica (Fucapi), o que reduziu em mais de 200 colaboradores o quadro da SUFRAMA. “Não dá para manter o ritmo abrindo mão de um número tão alto de funcionários. Mesmo com dificuldade, nada foi paralisado e conseguimos autorização para realizar o concurso que deverá suprir essa demanda em 2014”, disse o superintendente.

Outra questão abordada foi a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que prorroga a ZFM por 50 anos, que ainda não foi votada no Congresso. “A votação ficou para 2014, mas as discussões ajudaram a mostrar o quanto o governo está empenhado em aprovar o projeto. Vemos que não se ataca o mérito da ZFM. São apenas questões políticas em relação à votação, como incluir ou não a lei de informática na mesma PEC, ou ainda atrelar ou não o prazo das Áreas de Livre Comércio à Zona Franca”, avaliou Nogueira.

O superintendente também falou sobre a crise no setor de Duas Rodas, reforçando que o problema maior independe de medidas específicas na ZFM. “A questão maior é crédito para a compra de motos e é preciso encontrar modelos alternativos para superar essa questão. De qualquer forma, vemos que os fabricantes estão mantendo seus investimentos e, a despeito de tudo, as indústrias de Manaus atingiram um recorde de 127 mil empregos este ano”, disse.

América do Sul

Mesmo frisando que a Zona Franca tem um caráter de substituir importações, com foco em abastecer o mercado nacional, Thomaz Nogueira revelou que a autarquia está articulando com as indústrias para reforçar o relacionamento comercial com países vizinhos da América do Sul. “Só em Lima (capital do Peru), são nove milhões de habitantes, que compram motos feitas na Ásia, tendo montadoras aqui do lado, em Manaus. Temos que quebrar essa barreira”, comentou Nogueira.

O superintendente informou que existem estudos em curso para incrementar a relação comercial com os países vizinhos, o que inclui o estabelecimento de rotas comerciais e um esforço das Aduanas envolvidas para garantir agilidade no escoamento da produção. “Isso passa longe de preocupações com balança comercial. O que a Zona Franca de Manaus quer em 2014 é a expansão dos mercados”, resumiu.

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