Nova variante da mpox tem maior transmissibilidade e mortalidade, explica infectologista

Foto: Divulgação

A nova variante da mpox, conhecida como Clado 1B, tem gerado preocupação devido à sua maior transmissibilidade e mortalidade. A doença, que pertence ao grupo das varíolas e é causada pelo vírus Monkeypox, foi classificada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como uma emergência de saúde pública de importância internacional.


Embora no Brasil a variante Clado 2 ainda seja predominante, apresentando menor risco de transmissão e mortalidade, o cenário global está em alerta, especialmente na África, onde a nova variante já se espalhou amplamente.

O infectologista Jandrei Rogério Markus, professor na Afya Faculdade de Ciências Médicas em Porto Nacional, Tocantins, enfatiza a necessidade de vigilância e adoção de medidas preventivas para evitar a disseminação do Clado 1B. Ele destaca que essa nova cepa possui características preocupantes, como a capacidade de se transmitir sem a necessidade de contato prolongado, diferentemente da variante anterior. Além disso, há evidências de que a transmissão por gotículas de saliva pode ser mais significativa, especialmente em casos envolvendo crianças.

Infectologista Jandrei Rogério Markus – Foto: Divulgação

Os sintomas da mpox incluem febre, dor de cabeça, dores musculares, gânglios inchados e erupções cutâneas, que permanecem infecciosas até sua completa cicatrização. Embora o Brasil não tenha registrado óbitos por mpox desde abril de 2023, é crucial manter a prevenção, evitando o contato com pessoas infectadas e reforçando o uso de equipamentos de proteção por parte dos profissionais de saúde.

O tratamento da mpox foca no alívio dos sintomas e na prevenção de infecções secundárias nas lesões. O antiviral Tecovirimat é uma opção terapêutica, mas seu uso é restrito a casos graves tratados em hospitais. Portanto, a melhor estratégia continua sendo a prevenção e a rápida identificação de casos suspeitos.

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