
Temos um novo governo e com ele toda uma expectativa de enfrentamento da grave crise econômica que afeta o Amazonas, agravada por uma crise do modelo Zona Franca de Manaus que ainda é essencial para a nossa economia.
O futuro incerto da política de incentivos fiscais, as incertezas quanto a longevidade do que se produz aqui, diante do acelerado desenvolvimento tecnológico, exigem permanente planejamento e busca de alternativas.
A drástica queda do nível de emprego industrial no Amazonas tem consequências que perpassam todos os outros setores da economia, comércio e serviços, por exemplo.
Alguns índices publicados nos últimos dias confirmam esse quadro temerário e de incerteza quanto ao futuro. Vejamos: No RANKING NACIONAL DE COMPETITIVIDADE o Amazonas caiu da 17ª posição em 2016 para a 22ª em 2017; No QUADRO DE INVESTIMENTOS o Amazonas teve a segunda maior queda na comparação de janeiro/junho 2016 com janeiro/junho 2017, só perdendo para o falido Rio de Janeiro; e, agora, na PESQUISA DAS 100 MELHORES CIDADES PARA INVESTIR EM NEGÓCIOS NO BRASIL, Manaus que era a 77ª melhor cidade, não aparece mais no ranking entre as 100.

É nesse cenário assustador que o atual governo cogita extinguir a SEPLAN (Secretaria de Estado de Planejamento) que, atualmente concentra também a área de Ciência e Tecnologia, tornando-a uma subestrutura da SEFAZ (Secretaria de Estado da Fazenda).
Não é hora de o Governo subestimar o papel do Planejamento e da Ciência e Tecnologia. A Sefaz é órgão arrecadador e pagador, submeter o planejamento e a C&T a esse característica do órgão é negar a chance de planejarmos um futuro de superação para esse crise e de buscar com investimento em pesquisa alternativas a um modelo hoje em crise.
Que o governador ouça o apelo das entidades empresariais!
Marcelo Ramos, advogado, professor e escritor.