O casal transgênero em que o pai deu à luz um menino

O casal se conheceu pelo Facebook/Foto: Divulgação
O casal se conheceu pelo Facebook/Foto: Divulgação
O casal se conheceu pelo Facebook/Foto: Divulgação

Diane Rodríguez nasceu homem e Fernando Machado, mulher, e nenhum deles fez cirurgia de mudança de sexo; para muitos, eles se tornaram símbolo de crescente tolerância à diversidade sexual na América Latina, mas episódios de violência homofóbica estão longe de ser raros.


Diane Rodríguez e Fernando Machado são um dos casais transgêneros mais famosos da América Latina. E recentemente tiveram seu primeiro filho no Equador.

“Ainda não escolhemos o nome. Talvez já tenhamos, na verdade, mas ainda estamos esperando para anunciá-lo”, diz Diane com os olhos fitados no celular enquanto tecla com suas unhas perfeitamente bem feitas.

Ela e seu parceiro querem esperar que as coisas se acalmem um pouco.

Enquanto isso, o filho do casal chega à 18ª semana. Nascido no último dia 20 de maio, ele é chamado carinhosamente de Caraote – “caracol”.

Para muitos, Diane e Fernando são o símbolo de uma crescente tolerância sobre a diversidade sexual na região.

Paternidade
O casal se conheceu pelo Facebook.

Diane, nascida Luis, buscava alguém com quem pudesse construir uma família. Queria que sua alma gêmea também apoiasse sua carreira como ativista.

Passou horas passeando por perfis nas redes sociais até que conheceu Fernando, outro transgênero.

Fernando, que nasceu Maria na Venezuela, sorri quando se lembra de como o romance começou: “Depois de alguns dias batendo papo com ela, peguei um ônibus e fui para o Equador”.

“Depois de três semanas morando juntos, fiquei grávido”, conta.

A gravidez só foi possível porque nem Diana nem Fernando decidiram se submeter à cirurgia de mudança de sexo. Por isso, não precisaram de ajuda médica para conceber o bebê.

Mas para um pai ou mãe transgênero que deseja colocar um filho no mundo, o Equador está longe de ser o paraíso da aceitação.

Episódios de violência contra minorias sexuais, como os transgêneros, são ainda comuns.
Diane, por exemplo, já foi sequestrada inúmeras vezes.

As sedes de sua ONG, a Silueta X, são monitoradas por câmeras 24 horas por dia com o objetivo de garantir condições mínimas de segurança. (UOL)

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