O meio ambiente e a educação ambiental(Por George Dantas)

Articulista George Dantas/AM
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Há alguns anos atrás a ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva propunha a transversalidade das ações ministeriais em relação à temática ambiental, como forma de integrar ações de proteção ambiental dentro da estrutura pesada e desarticulada do Governo Federal.

Quase nada prosperou de lá pra cá, a temática ambiental ficou emperrada no enclave de decisório no Ministério do Meio Ambiente, hoje em dia, a gente só lembra disso quando algumas licenças não são concedidas por conta da falta de EIA-RIMA ou cumprimento de condicionantes para mitigar os impactos das grandes obras, especialmente aquelas ligadas a exploração mineral, abertura/recuperação de grandes rodovias/estradas e na construção de hidrelétricas nos rios da Amazônia.


Há décadas se discute o papel de cada ator envolvido no principal “trade off” do Brasil, a disputa entre ambientalistas e desenvolvimentistas, como se o futuro do Brasil estivesse atrelado a vitória de algum desses lados, o fato é que, até hoje, não temos um modelo de desenvolvimento onde o ambiente esteja inserido desde a concepção do projeto de qualquer grande obra de impacto.

Observamos a mesma coisa em relação à educação ambiental nas escolas, onde o tema ainda é tratado de forma separada das demais ciências, atrasando a lógica da interdisciplinaridade das matérias que envolvem o meio ambiente e que pode sim, se articular com a matemática, com a geografia, com a própria história etc.

Desde a década de 80, estamos acompanhando a evolução dos temas e preocupações ambientais que impactam sobremaneira nosso meio ambiente comum. Passados mais de 40 anos, ainda vemos o meio ambiente sofrer agressões diárias como se isso não causasse nenhum impacto a nós mesmos, indo desde perdas florestais por desmatamentos até contaminação do solo por agrotóxicos. A ciência mostra a todos como essas agressões nos afetam, seja causando o aquecimento global, a falta de chuvas em grandes áreas, chuva ácida, aumento da temperatura dos oceanos que podem causar extinção de espécies e temida falta de água potável nos grandes centros urbanos.

O despertar da cidadania ambiental deve nascer nas escolas e dela prosperar para a sociedade onde as ações do cidadão em prol do ambiente possam ser tratadas e encaminhadas de forma adequada. Por outro lado, os poderes constituídos devem cumprir seu papel, legislando de forma garantir a proteção ambiental dos biomas e ecossistemas frágeis, ao executivo cabe a fiscalização do cumprimento da legislação específica de proteção e ao judiciário cabe completa aplicação do repertório de penalidades para as infrações encontradas, tudo isso como forma de inibir ações deletérias por parte da sociedade.

A educação ambiental deve estar impregnada nos indivíduos, os quais devem conduzir seus atos usando sua consciência ecológica como forma de proteção ao meio ambiente.(George Dantas)

NR: A coluna Ambiente Amazônico, a partir de hoje, passa a ser publicada todas as quartas-feiras

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