
Luiz Fernando Figueiredo, ex-diretor de política monetária do Banco Central e atual CEO da Mauá Capital, disse que “o mundo já virou as costas para o Brasil faz muito tempo” e a forma como o governo tem lidado com a pandemia ajuda a piorar essa imagem.
Em entrevista à Febraban News na quarta-feira (27), ele avaliou que isso se reflete na participação do país nos ativos globais, que são atualmente apenas 0,3%, já tendo chegado a 2,5% no passado.
Para Figueiredo, a percepção negativa que os estrangeiros têm a respeito do Brasil, no entanto, não corresponde à realidade. “Há muitas razões para ficar pessimista com o Brasil, mas acho que elas não se traduzirão em realidade”, disse o empresário, destacando que o “barulho” político afasta os investidores internacionais.
Ele ressaltou que os ativos brasileiros foram os que pior performaram quando comparados aos de países emergentes, e que refletem um prêmio de risco muito elevado.
O gestor também criticou a forma como questões ideológicas e políticas foram colocadas acima de pautas importantes, como a economia e a saúde pública. “Acima da agenda econômica tem uma agenda ideológica, e tudo vira ideologia. O tratamento da doença está completamente ideológico”, declarou.
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