
Dia 15 foi o dia do Professor e em homenagem a este hoje ainda não valorizado profissional escrevo o presente artigo. Neste quase término de semestre, com os alunos (alguns) correndo para não ter a reprovação em seus históricos, vale a pena repensar o papel do professor em relação a sociedade.
Muito se fala da sociedade, muito se publica sobre a escola e a saúde da educação. Agora fala-se da saúde do professor. Realmente estamos todos muito doentes! Uma nova doença configurou-se nos últimos 7 anos e desastrosamente contagiou todo o magistério. Estamos terrivelmente infectados! A doença é transmitida através do ar; quimicamente pela falta de endorfinas, pelo contato diário da escola, do sistema, da sociedade e governos. Como éramos saudáveis! Cultivávamos flores e as colhíamos. Éramos acolhidos, respeitados, valorizados.
As sucessivas crises ambientais comprometeram o adubo gerando uma esterilidade aguda. Poucos frutos vingaram. Alguns estão em evidência no Congresso e governos. Outros frutos híbridos, como em toda colheita, também nos representam e tendem a renovar o ciclo estéril da terra.

O nosso grande e mais ilustre sociólogo deveria ser o primeiro a defender esta boa terra, porém, o adubo usado por ele é extremamente poluidor. O resultado da colheita são frutos estéreis, insípidos e impróprios para o consumo. Tal resultado compromete ainda mais profundamente a saúde da sociedade.
Professores e sociedade necessitam de vacinas com dosagens periódicas e rigorosamente em dia, sendo, para o mestre, em caráter de urgência, pois o doente se encontra agonizante. É preciso salvaguardar a saúde do professor e consequentemente de toda a sociedade e das futuras gerações.
Com essa vacina, o professor terá estímulo para o trabalho, autonomia, respeito e principalmente a valorização financeira e profissional contra a falácia do governo. Há 7 anos estamos com o mesmo teor imunológico que está insuficiente para manter a dignidade da categoria e a recomposição de suas perdas. A outra vacina é destinada à sociedade e, de maneira mais específica, à família, tornando-a saudável, com estabilidade financeira, educacional, física e mental.
O objetivo é imunizar a massa social contra os engodos do governo, ou seja, os insignificantes salário mínimo, cesta básica, as miseráveis bolsa-escola, o vale-alimentação, o vale-transporte. Quem sabe esta vacina livrará a massa desse vale de lágrimas, propiciando-lhe um salário digno, para que esta mesma massa não compareça mais às filas da mendicância do vale para tudo , uma das moedas correntes (dólar, real, vale-transporte, vale-refeição ) Quanta tristeza ao ver a propaganda do governo referente à educação! Mostra uma quimera. Enquanto isso, outros países exibem a nossa verdadeira realidade. Em projetos e em propagandas governamentais tudo acontece. Mas nada disso entra na sala de aula. Os vultosos gastos acontecem fora dali. O resultado dessa política é professor e sociedade pobres e doentes, ensino medíocre, decadência cultural, partidos sem ideário, Nação sem projeto.