O valor do financiamento de imóveis aumentou 20% na pandemia

Foto: Divulgação/istock

Segundo dados do Banco Central, brasileiros têm gastado mais na compra da casa própria


A conquista da casa própria é o sonho de muitos brasileiros que desejam sair do aluguel. Durante a pandemia de Covid-19, com as pessoas passando mais tempo em casa, muitos decidiram procurar por imóveis mais confortáveis para morar. As empresas que trabalham com financiamentos, para se adaptar à crise, ofereceram algumas vantagens para os interessados, o que provocou uma alta da procura. No entanto, para evitar imprevistos, é preciso analisar os contratos com cautela e realizar um bom planejamento.

Segundo dados divulgados pelo Banco Central durante a pandemia, o preço pago por financiamentos de imóveis subiu 20%. O levantamento foi expresso pelo MVG-R, que é um indicador organizado pelo BC, através das informações enviadas pelos bancos. Os bancos contratados para financiar as compras analisam o valor cobrado antes de aprovar o financiamento e depois informam à estatal os dados do período. O índice, que é feito através da média, obteve valor de R$ 220 mil em agosto deste ano. No início da pandemia, em fevereiro de 2020, o valor era de R$ 185 mil.

Os financiamentos são um compromisso de longo prazo; portanto, é preciso prestar muita atenção antes de assinar um acordo com um banco. É imprescindível comparar preços e taxas bancárias, assim como recomenda-se parcelas de até 20% da renda mensal, para não comprometer o orçamento. Além disso, ter uma reserva que cubra algumas parcelas é bastante vantajoso em caso de imprevistos como desemprego ou até mesmo uma pandemia, como ocorreu no último ano.

Apesar disso, as causas desse aumento não foram investigadas. Seja pelo aumento dos preços, ou pela procura de lugares melhores e mais caros, o levantamento expressa que famílias desembolsaram um valor maior na compra de imóveis durante esse período, o que está sujeito a interpretações.

A prática do home office pode ser um dos fatores que levou brasileiros a procurarem casas e apartamentos maiores e, consequentemente, mais caros. Com a rotina de trabalho sendo feita em casa, as pessoas passaram a necessitar de um espaço maior para realizar as atividades do dia a dia confortavelmente. Misturar os quartos de dormir com os escritórios improvisados se tornou comum, e o ambiente, que antigamente era dedicado ao descanso, se tornou mais cansativo e estressante.

Outro fator também relacionado ao trabalho em casa é que a localização mais próxima ao local de trabalho deixou de ser um fator determinante, pois os trabalhadores não precisam visitar as empresas com a mesma frequência. Os apartamentos nos centros urbanos, por exemplo, passaram a ser menos desejáveis que os imóveis em regiões e bairros mais afastados, que são mais atrativos levando em consideração seu preço e o espaço em metros quadrados.

Uma outra alternativa para quem deseja comprar propriedades com valores abaixo do mercado é aproveitar as oportunidades de leilão de casas, mas a prática exige planejamento. É recomendável contratar um corretor para analisar se o custo da operação realmente vale a pena, já que a compra costuma ser à vista. Acima de tudo, realizar uma visita é fundamental para conhecer a construção e o bairro, assim como ver com os próprios olhos o estado do imóvel e analisar se irá precisar de alguma reforma.

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