Oficiais da reserva do NPOR são homenageados, nos 101 anos do 1º BIS

Oficiais do NPOR, homenageados na Aleam/Foto: Divulgação

Eles são preparados para comandar pequenas frações militares e, também, para serem líderes com formação ética e moral para assumir postos de comando e liderança na sociedade civil brasileira. São eles os aspirantes oficiais do Núcleo de Preparação de Oficiais da Reserva (NPOR) do Exército Brasileiro, força de Reserva R2, que desde 1944, atuam na Amazônia, mobilizados como oficiais subalternos nas unidades militares, ou atuando como lideranças civis nas atividades públicas e privadas, em todos os segmentos da sociedade.
Por sua importância histórica na região, mantendo a tradição de um centro de excelência do Exército, o NPOR foi homenageado nesta terça-feira (23), no plenário da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), em sessão especial proposta pelo presidente deputado Josué Neto (PSD), que também comemorou os 101 anos de fundação do 1º Batalhão de Infantaria de Selva (1º BIS), a unidade de elite do Exército Brasileiro considerado o melhor batalhão de infantaria do mundo.


Durante a Sessão Especial, receberam medalhas comemorativas o comandante do 1º BIS e diretor de ensino NPOR, coronel Alexandre dos Passos Araújo, o instrutor chefe do NPOR capitão Kempes Dias Vianna e o 1º tenente Raimundo Vitor de Lima, representante da Turma NPOR de 76, que compareceu à solenidade para ser homenageada pelos 40 anos de formatura. Oficiais formados pelo NPOR, da ativa e da reserva, também estiveram presentes.

Em seu discurso de abertura da solenidade, o presidente Josué Neto destacou a contribuição inestimável do núcleo para formar o caráter de muitos jovens, tornando-os cidadãos íntegros e conscientes dos seus direitos e deveres perante a Pátria e a sociedade, atuando como agentes multiplicadores dos ensinamentos adquiridos na caserna. Josué elogiou o trabalho de preparação especializada da voz civil do exército, realizado pelo NPOR, onde são preparados os oficiais da reserva para atuarem na escola do civismo, onde prevalece o brio e disciplina.

Na visão do comandante do 1º BIS e diretor de Educação do NPOR, coronel Alexandre dos Passos Araújo, muito mais do que formar aspirantes a oficiais da reserva do Exército, o núcleo proporciona o desenvolvimento dos valores morais e do caráter dos jovens, contribuindo para a formação da elite intelectual do Amazonas e da Amazônia. Para ele, a sessão materializa o objetivo da integração entre o Poder Legislativo e o Exército, com o objetivo de desenvolver ações em benefício do povo amazonense.

O representante da turma de 1976 do NPOR, 1º tenente Raimundo Vitor de Lima, destacou as atividades de proteção, integração, segurança e manutenção das fronteiras da Amazônia como uma das tarefas desempenhadas pelos oficiais mobilizados egressos das turmas do NPOR, além do papel destacado que exercem nas atividades civis, onde a sociedade é a grande beneficiária dos seus talentos e competências. De acordo com ele, os oficiais R2 são protagonistas do processo de desenvolvimento econômico, cultural e político do Amazonas.

Para o instrutor-chefe do NPOR, capitão Kempes Dias Vianna, o militar do NPOR tem uma carga de instruções diferenciada em relação ao serviço militar comum, focada para formar o oficial que vai organizar e comandar pequenas frações militares, e ao mesmo tempo preparar líderes para comandar suas frações numa missão real. Segundo ele, dos mais de 1.500 aspirantes formados pelo NPOR no Amazonas, uma parcela de 35% são chamados para servir nas unidades militares de fronteira.

Na sequência, o presidente da Associação dos Oficiais da Reserva R/2 do Amazonas (AORA), tenente-coronel Fernando da Rocha Fernandes, disse que desde sua criação o NPOR amazonense exerce importante papel na formação de diversos segmentos da sociedade civil, onde os R2 são protagonistas do processo de desenvolvimento econômico, cultural e político do nosso Estado. Fernandes destacou o comandante do Comando Militar da Amazônia (CMA), general de Exército Guilherme Teóphilo Cals de Oliveira pelo esforço de integração e reconhecimento dos oficiais da reserva, afirmando que nunca antes haviam merecido tal e enfático reconhecimento.

Josué Neto destaca relações de cooperação Assembleia e o Exército no AM

Parlamento Estadual homenageia 101 anos do BIS/Foto: Divulgação
                         Parlamento Estadual homenageia 101 anos do BIS/Foto: Divulgação

O estreitamento da cooperação entre o Poder Legislativo e o Exército Brasileiro foi ressaltado pelo presidente, deputado Josué Neto (PSD), como principal objetivo da Sessão Especial realizada, ontem (23), para homenagear o Núcleo de Preparação de Oficiais da Reserva (NPOR), na comemoração dos 101 anos de criação do 1º Batalhão de Infantaria de Selva (1º BIS). O presidente e o deputado Ricardo Nicolau (PSD) foram os oradores da Casa durante a solenidade.

Depois de historiar as atividades do núcleo, criado em 1942 para prover a falta de oficiais da reserva na região, o deputado Josué Neto considerou a sua importância na preparação de jovens para as atividades de comando e liderança de pequenas frações militares, especialmente numa região como a Amazônia, onde as unidades de fronteira necessitam de oficiais subalternos para comandar as ações reais e efetivas na defesa e proteção territorial.

Segundo o presidente, o NPOR é o núcleo militar onde os jovens de todas as classes e com formação diversa preparam-se, por meio de intenso e severo treinamento, para servir à pátria como oficiais mobilizados ou na reserva, e ainda como cidadãos que vão se tornar uma força cívica de liderança na sociedade em que vivem. Para ele, num momento em que o país atravessa uma conjuntura de dificuldades e desafios, a preparação de jovens lideranças dentro de valores éticos e morais é uma necessidade premente para o país.

Falando em nome dos demais parlamentares, o deputado Ricardo Nicolau também focou seu pronunciamento no estreitamento da relação da Casa com o Exército Brasileiro, que segundo ele tem contribuído muito com o Amazonas, onde transcende as suas competências militares, estendendo-se como um braço amigo do povo amazonense. Nos lugares mais distantes e de difícil acesso às ações do governo, o Exército chega para prestar os seus préstimos com competência e profissionalismo orientado pela disciplina e a cidadania adquirida nas unidades militares.

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