
O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) iniciou nesta terça-feira (10) a Operação Calígula, contra uma rede de jogos de azar explorada pelo bicheiro Rogério de Andrade e pelo PM reformado Ronnie Lessa — réu pela morte da vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes — e acobertada por policiais.
Segundo as investigações da força-tarefa do MPRJ sobre o atentado à vereadora, Rogério e Ronnie abriram casas de apostas e bingos em diversos estados pelo menos desde 2018.
Até a última atualização desta reportagem, 11 pessoas haviam sido presas. Uma delas é o delegado Marcos Cipriano, que foi levado para a Corregedoria da Polícia Civil.

Outra investigada é a delegada licenciada Adriana Belém. Na casa dela, a força-tarefa apreendeu quase R$ 2 milhões em espécie. Adriana foi presa no início da tarde em casa, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. A 1ª Vara Especializada do Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ) expediu o mandado de prisão.
“O gigantesco valor em espécie arrecadado na posse da acusada, que é Delegada de Polícia do Estado do Rio de Janeiro, aliado aos gravíssimos fatos ventilados na presente ação penal, têm-se sérios e sólidos indicativos de que a ré apresenta um grau exacerbado de comprometimento com a organização criminosa e/ou com a prática de atividade corruptiva (capaz de gerar vantagens que correspondem a cifras milionárias)”, diz a decisão do juiz Bruno Monteiro Ruliere.
O juiz cita ainda que o dinheiro achado dá “credibilidade ao receio de que, em liberdade, a ré destrua ou oculte provas ou crie embaraços aos atos de instrução criminal”.
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