Não precisou ir muito longe. Depois que a fanpage do Correio da Amazônia mostrou a fotografia do primeiro caso de “Milagre” ocorrido na Arena da Amazônia, no dia 15 de junho, com um cadeirante se levantando do assento na hora do Gol, no jogo entre Itália e Inglaterra, outros casos começaram a ser mostrados em quase todas as arenas onde estão acontecendo os jogos da Copa, no Brasil.
Na Arena da Amazônia, o caso do Milagre se limitou às redes sociais e aos 90.208 acessos, 1.172 compartilhamentos e 126 comentários do Correio da Amazônia. Um fato corriqueiro.
O mesmo não aconteceu na Arena Corinthians/São Paulo – Lá, a Polícia do bairro de Itaquera, está tratando casos de cadeirantes, que foram flagrados se levantando de cadeiras de rodas em meios aos jogos da Copa como um crime, que merece séria investigação.
Na nota, também, publicada no Correio da Amazônia – http://goo.gl/Gcq1Er – a 32º DP Itaquera reuniu cerca de vinte e duas imagens de circuitos internos e dez imagens fornecidas por torcedores que presenciaram as cenas inusitadas e vem investigando o caso desde então.
Esta situação acabou gerando uma série de acontecimentos duvidosos dentro do estádio, tais como: torcedores com aparência de trinta anos portando ingressos para idosos, carteiras de estudante falsas e até mesmo cadeirantes que se levantavam durante comemorações nas partidas.
É claro que milagre não é impossível de acontecer! Mas, é possível, também, que, em meio a tantos acontecimentos degradantes praticados, aqui, ali, um pseudo “cadeirante” vá a um estádio de futebol ou a qualquer outro evento aonde os verdadeiros, valorosos e bravos cadeirantes, beneficiados pela lei, gozam de privilégios, merecidamente, por portarem alguma deficiência física, para se aproveitar, sorrateiramente, de regalias concedidas a quem merece.
O questionamento que fazemos e que, com certeza, está ecoando dentre os milhares de leitores que acessaram as notícias publicadas aqui no Correio da Amazônia, não invalida nenhum gesto, nem tampouco desmerece os respeitáveis cadeirantes, a quem tributamos todos os nossos respeitos, pelos exemplos de bravura e capacidade, amor e vida que eles nos dão no seu dia a dia.
Mas, seria bom e de bom alvitre que, aqui, também, “os milagres da Arena” fossem apurados, com rigor, pelas autoridades que tantos elogios têm recebido da imprensa brasileira, e até da FIFA, pelo desvelo com que estão se comportando diante dos desafios impostos pela realização da Copa do Mundo, em Manaus.
