
Revoltados por não terem prioridade na vacinação contra a covid-19, Rodoviários de Manaus ameaçam cruzar os braços. A categoria alega que colegas de profissão de outros Estados já estão imunizados por terem o devido respeito de suas respectivas autoridades sanitárias.
“Aqui em Manaus a situação é completamente diferente. Isso porque a classe de motoristas e cobradores não são valorizados. Somos linha de frente nessa pandemia, muitos dos nossos colegas morreram de covid-19, e mesmo assim, ninguém se preocupa em priorizar com a vacina”, afirmou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Manaus, Givancir de Oliveira.

Salários
Outra reclamação dos trabalhadores diz respeito ao reajuste salarial, que não acontece há mais de dois anos. Portanto, de acordo com a categoria, a greve é inevitável.
“A prefeitura de Manaus tem que nos ajudar, ou todo mundo terá problemas (trabalhadores – população – autoridades). Por enquanto, as paralisações que estão acontecendo na cidade são feitas por quem não é ligado ao nosso sindicato. Mas a tendência é que a classe como um todo queira aderir ao protesto”, disse Oliveira.
A insatisfação é grande por parte de todos os trabalhadores do setor. “Nesse momento, lutamos pelo nosso direito de reajuste, mas vemos que é impossível sem a sinalização da Prefeitura de Manaus e sem acordo do Sinetram, que só tumultua as negociações”, enfatizou o dirigente. Givancir não citou o dia da paralisação geral.
“O Sinetram recebe quase R$ 25 milhões da Prefeitura de Manaus, sem qualquer contrapartida para os trabalhadores”, completou o dirigente sindical.