PA: Capitania dos Portos de Santarém reduz navegação no rio Amazonas

Os níveis baixos dos rios da região oeste do Pará colocaram em alerta a Capitania dos Portos de Santarém. A primeira medida para evitar acidentes onde aparecem bancos de areia na época da seca, foi proibir a tráfego de navios com calado (profundidade do navio submerso na água) acima de 9 metros no canal norte da Ilha do Patacho, no rio Amazonas. A proibição atinge embarcações de médio e grande porte. Neste trecho, entre os municípios de Óbidos e Santarém, cerca de 8 mil embarcações navegam diariamente, entre barcos de madeira, balsas e navios de grande porte.


A proibição da navegação na região da Ilha do Patacho foi publicada, ontem no Diário Oficial da União. Segundo a publicação, a medida foi tomada por causa da redução abrupta do nível do rio Amazonas na região, onde atingiu 11 metros. Segundo o comunicado, nesta época do ano, as águas atingem o nível mais baixo.

ACIDENTES
A Capitania dos Portos oferece como rota alternativa às embarcações com nível acima de 9 calados, o canal ao sul da ilha. Na região oeste do Pará, ocorreram 2 acidentes com embarcações de grande porte nas últimas semanas. O 1º deles foi com um navio de carga, de bandeira europeia, que encalhou no dia 27 de outubro na região e só conseguiu ser resgatado no final da semana passado. O navio não sofreu nenhuma avaria mais grave.

Na madrugada da última terça-feira, uma embarcação de transporte de passageiros naufragou nas águas do rio Tapajós, entre os municípios de Aveiros e Belterra. No momento do acidente, 39 pessoas estavam a bordo. Todas elas foram salvas por outra embarcação que passava pelo local. A possível causa, segundo a Capitania dos Portos, foi a colisão do barco com pedras no fundo do rio, que está com vazão baixa, por causa da grande seca.

Redução nos níveis dos rios
No último domingo, o DIÁRIO divulgou matéria de um estudo feito por solicitação do Governo Federal que mostra as consequências danosas da seca nos rios para o meio ambiente e para a população nos próximos 25 anos. Segundo o trabalho “Brasil 2040 – Alternativas de Adaptação às Mudanças Climáticas”, os rios de Minas Gerais, São Paulo, Goiás, Tocantins, Bahia e Pará terão reduções de vazão de 10% a 30%.

(Diário do Pará)

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