

No Dia de Mobilização Nacional contra o Projeto de Lei 4.330, que regulamenta contratos de terceirização para qualquer atividade das empresas, centenas de trabalhadores se reuniram em Belém para protestar. A manifestação convocada pelas centrais sindicais também contou com a participação de movimentos sociais e dos professores da rede estadual em um ato unificado. Organizadores e Polícia Militar estimaram a presença de 600 pessoas no protesto.
Na manhã de ontem, um grupo saiu da praça do Operário, enquanto o outro fez uma concentração na praça da República. Em seguida, todos se encontraram em frente ao Centro Integrado de Governo (CIG), na avenida Nazaré. De lá, seguiram para a frente da Federação das Indústrias do Pará (Fiepa). Em São Brás, concentraram-se representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT-PA), da Central dos Movimentos Populares (CMP), assim como integrantes de diversas entidades de luta das mulheres, juventude e de moradia popular, além de vários sindicatos. Por volta das 10h50, os manifestantes iniciaram a caminhada pelas avenidas Almirante Barroso e José Bonifácio, fazendo paradas em frente aos prédios da Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa) e da Caixa Econômica Federal para pronunciar palavras de ordem.
“Estamos seguindo o dia de luta em todo o país e aqui estamos unidos com a categoria dos professores, dos bancários, dos urbanitários, dos marítimos e outras causas. A ideia é unir todos para pressionar e pedir a revogação deste projeto de lei. As mobilizações vão se intensificar, o congresso já começou a fazer algumas mudanças no texto”, afirmou Cléber Rezende, secretário geral da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB). Ele citou alguns dos maiores prejuízos sofridos pela classe trabalhadora caso a lei seja aprovada.
“O PL nos atinge diretamente e reduz uma série de direitos. Os terceirizados ganham um salário em média 30% menor que o empregado direto e a cada cinco acidentes de trabalho, quatro envolvem terceirizados”, argumentou.
(O Liberal)