
Em abril, em plena pandemia do coronavírus, o desmatamento na Amazônia teve uma alta de 63,75% em comparação ao mesmo mês do período anterior. Os dados são do sistema Deter-B, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
O aumento pode estar relacionado à quarentena decretada no mês de março, conforme acredita o diretor do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), André Guimarães. “Nesse período, a grilagem e os bandidos continuaram não estando em quarentena. Há um descontrole no processo que está ligado à crise da Covid-19.”
O especialista estima que após o aumento de 29,5% do desmatamento entre agosto de 2018 e julho de 2019 em comparação ao período de agosto de 2017 a julho de 2018, haja um aumento das queimadas neste ano, entre maio e agosto, conhecido “período do fogo” na Amazônia, por conta do tempo seco.