O Pará apresentou o maior crescimento na taxa de aprovação de alunos do ensino médio em 2023, de acordo com os dados do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) divulgados nesta quarta-feira (14) pelo Ministério da Educação (MEC). O estado subiu da 26ª para a 6ª posição no ranking nacional do ensino médio estadual, alcançando uma nota de 4,4, acima da média nacional de 4,3. No entanto, o resultado ainda ficou abaixo da meta estabelecida para o estado, que era de 5,2.
Além do aumento na taxa de aprovação, o Pará também registrou o maior crescimento no desempenho de estudantes do ensino médio nas avaliações de Língua Portuguesa e Matemática do Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica).
Nos anos iniciais do ensino fundamental (1º ao 5º ano), o Pará atingiu 5,1 pontos no Ideb, superando em 0,1 ponto a meta estabelecida para o estado nessa etapa. Nos anos finais (6º ao 9º ano) do ensino fundamental e no ensino médio, o estado registrou 4,4 pontos, ainda abaixo das metas projetadas.
O governador Helder Barbalho comemorou os resultados, destacando o avanço expressivo do estado: “Crescemos 1,3 pontos no Ideb entre as edições de 2021 e 2023, o que configura o maior crescimento na história do Ideb na etapa do ensino médio. O Pará passa a ser a 6ª melhor educação pública do Brasil. Nós, que ocupávamos a 26ª colocação, agora temos o maior crescimento da história.”
Todas as escolas estaduais de ensino fundamental no Pará foram avaliadas, com 179 escolas nos anos iniciais e 346 nos anos finais tendo suas notas publicadas. No ensino médio, 658 escolas realizaram a prova, mas 68 não tiveram suas notas divulgadas por não atingirem 80% de presença.
Cenário Nacional
Em nível nacional, o Brasil avançou no Ideb em duas etapas de ensino, mas apenas os anos iniciais do ensino fundamental (1º ao 5º ano) atingiram a meta de qualidade nacional em 2023. O ensino médio teve um crescimento de 0,1 no índice, totalizando 4,3 pontos, ainda abaixo da meta nacional de 5,2.
O Ministério da Educação destacou que os resultados do Ideb de 2021, usados como comparação, foram impactados pela pandemia de Covid-19. Houve um aumento abrupto nas taxas de aprovação da rede pública entre 2020 e 2021, relacionado a ajustes nos critérios de aprovação e à adoção do continuum curricular. No entanto, o MEC alertou que o crescimento nas taxas de aprovação sem um aumento correspondente na proficiência pode não refletir uma efetiva melhoria no desempenho educacional.
Fonte: R7