Paraenses usam criatividade para transformar o lixo orgânico

Volume de lixo que terá transformado/Foto: Reprodução
Volume de lixo que terá transformado/Foto: Reprodução
Volume de lixo que terá transformado/Foto: Reprodução

A estudante universitária Paola Histark mora em Paragominas, sudeste do Pará – um município que produz 70 toneladas de lixo por dia. Pensando neste volume de material descartado, a jovem resolveu mudar seus hábitos e, há 3 anos, criou um sistema de coleta de lixo orgânico dentro de casa. O material armazenado vira adubo, que contribui para o crescimento do jardim da estudante. “Se cada um fizesse a sua parte, diminuiria a emissão de gases causadores do efeito estufa. Já seria de grande ajuda”, releva a jovem.

De acordo com a prefeitura do município, o serviço de coleta de lixo em Paragominas é feito por empresas terceirizadas, que retiram o material e 36 bairros. Em alguns locais, o caminhão chega a passar três vezes por semana. De acordo com o secretário de Saneamento, porém, é preciso que a população seja parceira para garantir que as ruas fiquem limpas. “O lixo domiciliar é obrigação da prefeitura, e o entulho é obrigação de quem gera este lixo”, pontua Odilson Picanço.


Para o comerciante Evandro Silva, que mora em Marituba, na Região Metropolitana de Belém, o lixo é fonte de renda. Ele coleta o material das ruas e, além de contribuir para a reciclagem, também consegue uma renda extra. “Vendi lixo e faturei R$ 130, mas costuma dar uma faixa de 80 a 100 reais”, revela.

Além de iniciativas como a de Evandro, a prefeitura de Marituba informou que trabalha com coleta de lixo programada, e que conta com a ajuda da comunidade para manter a cidade limpa.

Cooperativa

Moradores do bairro da Terra Firme, em Belém, perceberam o potencial do lixo e fundaram, há 9 anos, uma cooperativa de catadores que, além de modelo de negócio para seus 30 trabalhadores, também dá lições de cidadania e respeito ao meio-ambiente. “No início (a idéia era) era fazer uma renda para as pessoas que não tinham emprego na Terra firme. Hoje a gente sabe que a nossa responsabilidade é muito maior, daí fazer a conscientização das pessoas com relação ao meio ambiente”, explica Jonas de Jesus.

Segundo Jonas, a cooperativa atua principalmente na bacia do Tucunduba, mas também consegue coletar materiais em Nazaré, Batista Campos e na Marambaia. “A pessoa liga e a gente vê a possibilidade de ir buscar”, conta o catador, que enxerga tudo como matéria-prima: “Plástico, papelão, sucata. Todo material tem aproveitamento, contanto que se faça uma selelçao dele e encaminhe novamente para a indústria”, define.

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