
Somente nos primeiros quatro meses deste ano, mais de 17 mil focos de incêndio foram registrados no Brasil, conforme dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
O aumento nos casos acontece durante a paralisação dos servidores do Ibama.
Entre 1º de janeiro e 29 de abril, foram contabilizadas 17.064 queimadas, o que representa um crescimento de 81% em relação ao mesmo período de 2023 e configura o pior cenário desde o início da série histórica, em 1999. Os funcionários do instituto atribuem essa situação tanto às mudanças climáticas, intensificadas pelo fenômeno El Niño, quanto aos cortes no orçamento e à mobilização dos fiscais ambientais.
Os servidores do Ibama suspenderam as atividades de fiscalização em janeiro deste ano como forma de pressionar o governo federal por aumento salarial e reestruturação de carreiras. Desde então, concentram-se apenas nas tarefas internas e burocráticas.
Os agentes do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo) decidiram que somente os serviços emergenciais e inadiáveis devem ser realizados.