Perseguição e captura de filho de El Chapo matou 29 pessoas, entre policiais e criminosos

Foto: Recorte

CIDADE DO MÉXICO – Dez agentes de segurança e 19 criminosos foram mortos no México por conta da violência durante a prisão do líder de cartel de drogas Ovidio “El Raton” Guzman Lopez, no estado de Sinaloa, disse o secretário de Defesa mexicano, Luis Sandoval, nesta sexta-feira (6).


“Um número significativo de células criminais conseguiu se unir com a intenção de resgatar Ovidio e atacou soldados no local [da detenção de Guzmán] em Jesus Maria, onde, infelizmente, sete soldados foram mortos e nove ficaram feridos. Os agressores estavam usando metralhadoras calibre 50, o pessoal envolvido na operação precisou de apoio de fogo aéreo para garantir a segurança dos militares”, disse Sandoval em entrevista coletiva.

Segundo o ministro, durante a violência que se sucedeu nos municípios de Escuinapa e Culiacan, mais três militares foram mortos e nove ficaram feridos durante o dia. O ministro acrescentou que não houve mortes de civis.

Como resultado da operação, as autoridades conseguiram deter 21 supostos membros do Cartel de Sinaloa, apreender 53 veículos, incluindo 26 veículos blindados, além de dezenas de fuzis e metralhadoras. Pelo menos 19 membros do cartel foram mortos no tiroteio, disse o ministro.

Na quinta-feira, Guzman –filho do notório traficante Joaquin “El Chapo” Guzman, que está cumprindo uma sentença de prisão perpétua nos Estados Unidos –foi entregue à Cidade do México e depois levado para a prisão de segurança máxima de Altiplano. O cartel já conseguiu tirar El Raton da prisão em 2019, quando o impasse entre o governo e as forças do cartel deixou nove pessoas mortas e outras 23 feridas, levando o presidente Andres Manuel Lopez Obrador a ordenar a libertação de Guzman junior.

Mais de 3.500 soldados, incluindo forças especiais e paraquedistas, bem como cerca de 1.000 soldados da Guarda Nacional, foram enviados a Sinaloa para apoiar as forças locais no novo impasse na quinta-feira.
Segundo as autoridades locais, o cartel sequestrou ou queimou cerca de 250 carros. Os serviços de segurança bloquearam pelo menos 18 ruas e interromperam a operação de três aeroportos. A mídia local informou, citando uma fonte do aeroporto de Culiacan, que o cartel disparou armas de grosso calibre contra dois helicópteros e um avião de transporte da Força Aérea Mexicana, fazendo com que este explodisse em chamas durante o pouso devido a danos no motor.

Guzman está na lista de criminosos a serem extraditados para os EUA, onde é acusado de traficar cocaína, metanfetamina e maconha. O Ministério das Relações Exteriores do México disse que o pedido de extradição para os EUA é válido desde 2019, mas no México também há casos criminais em andamento nos quais ele deve ser processado.

Fonte: Brasil 247

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