
O programa de venda de ativos e de redução dos investimentos da Petrobras se intensificou nos últimos meses e tem afetado muitas regiões do País, especialmente aquelas mais isoladas e menos desenvolvidas.
No caso da região Norte, notadamente no estado do Amazonas, a saída da Petrobras tem gerado incertezas sobre o futuro dos investimentos.

Ao longo da década de 2000, os investimentos públicos, principalmente das empresas estatais, tiveram um papel central para o desenvolvimento do Norte. De 2002 a 2010, a região aumentou sua participação no PIB brasileiro de 4,7% para 5,3%.
A variação em volume acumulado do PIB de 2002 a 2010 foi de 63,9% para Rondônia e 61,6% no Acre. Os dois primeiros estados ficaram entre as dez unidades da federação que tiveram maior variação positiva neste período.
O cenário é semelhante para as outras unidades federativas da região, principalmente o Amazonas, onde a Petrobras teve um papel fundamental em vários empreendimentos.
Os investimentos da estatal até 2013 cresceram muito. Em 2009, foi inaugurado o gasodutoUrucu-Coari-Manaus, que trouxe mais de 4,5 bilhões de dólares em investimentos.
Em 2011, planejava-se investir 3,4 bilhões de dólares em exploração e produção no Amazonas em quatro anos e 728,6 milhões em infraestrutura e suporte.
Entre as atividades que justificavam esses investimentos, cabe mencionar o potencial exploratório de Urucu, onde o petróleo existente era mais leve entre os óleos produzidos no Brasil e havia grande potencial de expansão na produção de gás natural, e o gasoduto Urucu-Coari-Manaus que, além de permitir o transporte de 5,5 milhões de metros cúbicos/dia, gerou mais de 5,8 mil empregos diretos e mais de 10 mil indiretos durante sua construção.
Carta Capital