
A Amazônia pode ter uma alta no desmatamento no próximo ano. É o que aponta a plataforma de inteligência artificial PrevisIA, do instituto de pesquisa Imazon, que tem indicado as áreas ameaçadas na região desde 2021 com uma assertividade média de 73% nesses últimos quatro anos.
O aumento pode acontecer se as áreas sob maior risco de desmatamento na Amazônia não forem protegidas com urgência. A estimativa é de que mais 6.531 km² sejam derrubados em 2025, o que seria 4% a mais do que o registrado neste ano.
O resultado é baseado no “calendário do desmatamento”, que vai de agosto de um ano a julho do ano seguinte, assim como os dados oficiais do governo federal. Conforme o Prodes, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), foram devastados 6.288 km² entre agosto de 2023 e julho de 2024, uma queda de 31% em relação a 2023.
Para 2024, a PrevisIA havia apontado 8.959 km² sob ameaça de desmatamento na Amazônia, sendo 5.207 km² sob risco muito alto, alto e moderado. Já na previsão da plataforma para o próximo ano, que aponta 6.531 km² sob ameaça de devastação entre agosto de 2024 e julho de 2025, 2.269 km² (35%) estão sob risco muito alto, alto ou moderado. Ou seja: essas seriam as áreas prioritárias para as ações de prevenção. Os outros 4.262 km² (65%) estão sob risco baixo ou muito baixo de desmatamento.
Entre os estados, Pará (35%), Amazonas (20%) e Mato Grosso (17%) possuem as maiores áreas sob risco de desmatamento. Apenas os três concentram 72% de todo o território ameaçado na Amazônia, conforme a PrevisIA.