
Uma operação da Polícia Civil do Rio de Janeiro frustrou um plano de atentado a bomba durante o show da cantora Lady Gaga, realizado no sábado (3) em Copacabana, na Zona Sul da cidade. A ação evitou um possível ataque terrorista e, segundo as autoridades, salvou centenas de vidas.
Dois suspeitos apontados como líderes do grupo foram detidos: um homem no Rio Grande do Sul, preso por porte ilegal de arma, e um adolescente no Rio de Janeiro, apreendido por armazenar imagens de exploração sexual infantil.
As investigações revelaram que o grupo promovia discurso de ódio, com foco em ataques ao público LGBTQIA+. Um dos investigados, localizado em Macaé (RJ), chegou a afirmar que Lady Gaga era “satanista” e prometia realizar um ritual matando uma criança durante o show. Ele foi autuado por crime de terrorismo e induzimento ao crime.
A operação cumpriu mandados de busca e apreensão em quatro estados: Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul e Mato Grosso. Ao todo, nove pessoas foram alvo da ação.
“Foi uma ação integrada que evitou uma tragédia. Esses grupos têm como objetivo atrair notoriedade e recrutar jovens, inclusive crianças”, afirmou o delegado Luiz Lima, da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI).
O delegado Carlos Oliveira, da DRAE, destacou que, pela lei antiterrorismo, atos preparatórios já configuram crime: “Não é preciso esperar a execução do ato. A intenção e a articulação com outros já são suficientes”.
Fonte: g1