Polícia investiga se Vaccari usou irmão para lavar dinheiro

Vaccari foi preso na operação Lava Jato/Foto: Reprodução
Vaccari foi preso na operação Lava Jato/Foto: Reprodução
Vaccari foi preso na operação Lava Jato/Foto: Reprodução

A Polícia Civil investiga se o zelador Antônio Carlos Vaccari, irmão do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, foi usado para lavar dinheiro na compra de uma casa em Bastos, no interior de São Paulo.


O zelador, que mora na cidade e tem salário mensal em torno de R$ 1 mil, comprou, em 2014, uma casa no bairro de Laranjeiros, de classe média, pagando R$ 300 mil pelo imóvel. O ex-tesoureiro está sendo processado pela Justiça Federal pelos crimes de corrupção, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.

A compra da casa chamou atenção dos moradores da pequena cidade, de 21 mil habitantes, e também dos investigadores de polícia, que relataram o caso ao delegado Sandro Resina Simões. “Aqui todo mundo se conhece, é uma cidade pequena, e o fato dele (Antônio) ser uma pessoa humilde, com poucos recursos, ter comprado uma casa fora dos padrões, possivelmente incompatível com a renda dele – e mais o fato de ser irmão do presidente do PT, que está sendo investigado -, chamou a atenção e decidimos ouvi-lo”, contou o delegado.

Chamado a depor na delegacia de Bastos, Antônio Vaccari disse em seu depoimento, na segunda-feira, 4, que comprou a casa com dinheiro recebido do irmão, João Vaccari Neto.  “Ele nos contou que recebeu, durante o ano passado, cinco depósitos em sua conta, feitos pelo irmão, para que comprasse a casa”, contou o delegado. De acordo com delegado, o zelador não declarou na Receita a compra do imóvel.

“As informações que temos são de que nem a doação feita por João Vaccari Neto nem a compra da casa foram declaradas, o que levanta suspeitas”, afirma. “Se não houve lavagem de dinheiro pode ter havido, no mínimo, crime de sonegação fiscal”, completou Simões. “Precisamos destacar que essas informações que temos foram nos passadas pelo próprio investigado, não fizemos ainda uma investigação a fundo sobre o caso”, comentou o delegado.

De acordo com o delegado, apesar das declarações do zelador confirmarem os indícios de ilegalidade, ele não abriu inquérito policial para apurar o caso, que foi enviado na quarta-feira, 6, para apuração em Curitiba. “Como o tesoureiro do PT está sendo investigado pela Operação Lava Jato, optamos por enviar o caso para a Polícia Federal de Curitiba, onde há uma denúncia de crime de lavagem de dinheiro em andamento”, explicou.(Terra)

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