Políticos do Amazonas tentam mostrar influência na decisão do TSE

Têmis, a deusa da justiça.

A provável decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em torno do julgamento de cassação do mandato do governador José Melo (Pros), continua movimentando a cúpula política no estado, com alguns deles acompanhando de perto o desenrolar do processo em Brasília, onde o relator deve apresentar o seu voto e o julgamento acontecer antes do recesso judiciário, no início de dezembro desse ano.


Entre os que podem não ter as suas intenções confirmadas, está o senador Eduardo Braga (PMDB), o principal interessado na cassação de Melo e o prefeito Arthur Neto (PSDB), o seu mais novo aliada de ocasião.

Têmis, a deusa da justiça.
Têmis, a deusa da justiça.

Os dois estão jogando toda as suas influências no caso, na expectativa de ter o parecer definitivo da Corte, o que daria o direito ao senador Eduardo Braga assumir o comando do Estado, imediatamente, mas com os pedidos de vistas e os recursos, o processo de cassação dificilmente será julgado esse ano.

A pressa de Braga é: pela legislação, se Melo fosse deposto do governo antes de dois anos, o segundo colocado assumiria a vaga. Passando desse prazo, haverá eleição indireta na Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam) reduzindo, consideravelmente, as chances de Braga assumir.

Como Braga tem a minoria na Aleam, quem poderá ganhar o mandato “tampão” seria o senador Omar Aziz (PSD) e manter a base política do atual governo, do qual é aliado. Ocorre que, tanto Omar quando Eduardo Braga, estão citados nas delações premiadas da Operação Lava Jato. Eduardo foi citado em delação do ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, de favorecimento em “esquema ilícito de pagamento de vantagens indevidas a políticos”, entre eles Eduardo Braga.

No caso de julgamento, os dois estariam inviabilizados e daria a oportunidade ao atual presidente da Aleam, Josué Neto (PSD), ter seu nome apreciado e eleito novo governador tampão do Estado do Amazonas. Mas, seguramente, a decisão final de cassação do governador José Melo não deve sair em 2016 e, muito provavelmente, em 2017 também não.

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